Vítor Bruno muito satisfeito com a resposta da equipa e com os índices de finalização da 2.ª parte
- Está satisfeito com a resposta da equipa depois do percalço na Liga Europa?
- Estou muito satisfeito com os jogadores, com a resposta que deram, frente a um adversário difícil. Muita gente tenta desvalorizar o Arouca, mas vai acabar seguramente alto na tabela, não tenho dúvida nenhuma. É uma equipa muito bem trabalhada, bem orientada, muito capaz a atacar e defender, vai criar problemas a muitos adversários. Uma segunda parte forte, a primeira também com três ou quatro aproximações, uma delas com a ocasião clara do Pepê. Não me recordo de grandes oportunidades do Arouca, e a segunda parte fiquei extremamente feliz porque não sofremos golos e fizemos quatro num contexto em que nunca tínhamos feito até agora, é sinal da evolução da equipa, do crescimento.
Espanhóis preponderantes na goleada infligida ao Arouca. Médio encheu o campo e ponta de lança voltou a ser letal em frente à baliza, num jogo que possibilitou ainda as estreias de Fábio Vieira e de Rodrigo Mora
- As duas partes foram diferentes. O que mudou? Não parece que tenha sido apenas pelo facto do Arouca estar a jogar com 10 jogadores...
- Também teve a sua influência. Com mais um avançado na frente, mais pés na área, fomos mais intencionais, mais agressivos, mais intensos também na forma como condicionamos a circulação de bola do Arouca, o adversário teve mais dificuldade em sair. Fizemos quatro golos, ganhámos bem, com uma boa segunda parte, uma primeira também controlada, não permitimos grandes transições ao adversário. Muito feliz pelos jogadores, por aquilo que fizeram, pela forma como interpretaram o jogo. Nem sempre somos perfeitos, mas desta vez foi uma boa segunda parte, forte, mas acho que temos espaço para crescer.
- Com a inclusão no Deniz Gul na 2.ª parte o FC Porto ficou com dois avançados. O que pediu ao jogador?
- Com mais um avançado na área, às vezes é preciso entrar mais por fora, meter mais cruzamentos na área. Sabemos que os espaços vão aparecer, o adversário também não alterou a linha de quatro para a linha de cinco, só altera mais adiante com a desvantagem no marcador, penso que depois do 3-0, se não me engano, e perante uma linha de quatro com dois avançados, os espaços apareceram na área, não apareceram para fora, pedimos também que atacassem mais a profundidade e fizeram isso bem. Houve compromisso, evitámos transições, o adversário não chegou à nossa baliza. Às vezes pensamos que isto é fácil, mas hoje em dia o futebol não é assim, não há gente incapaz, não há gente mal preparada, toda a gente trabalha bem, muita gente capaz do outro lado, muito talento individual, muita orientação coletiva, equipa muito bem trabalhada. Foi uma vitória justa, o que me deixou muito satisfeito para aquilo que foi o trabalho dos jogadores ao longo destes três dias, a forma como olharam para o jogo da Noruega e como responderam ao jogo da Noruega.
Gonzalo García, treinador do Arouca, disse que o grande problema não foi apenas o Arouca jogar com menos um na 2.ª parte; o FC Porto marcou na primeira oportunidade que criou depois do intervalo
- Vasco Sousa sai ao intervalo. Foi para calcular melhor os tempos de pressão? Disse que era preciso atacar o estigma das derrotas, não ir com demasiada sede ao pote. Passou por isso a estratégia contra o Arouca?
- Às vezes somos excessivos na informação que passamos e como detalhamos ao máximo um determinado tipo de abordagem mais estratégica. Sentimos que na Noruega atrasámos em alguns momentos o tempo de pressão e tentámos que isso não acontecesse com o Arouca e que fosse pela certa. Ainda assim atrasámos num ou outro momento, ficámos reféns se calhar daquilo que eu lhes passei enquanto mensagem, quisemos segurar em demasia, num ou noutro momento fomos acutilantes e provocámos erro, mas podíamos e devíamos ter sido mais. Na segunda parte, um dos golos até nasce a partir de um momento de pressão muito alto do Nico e foi um bocadinho por aí também que atalhámos o jogo. Contra 10, tivemos mais presença na área, mais peso e tentámos ferir o adversário. Na segunda era importante também atacar de outra maneira.