A antevisão ao Casa Pia, o aviso entendido, as renovações e o início dos rivais

Sporting A antevisão ao Casa Pia, o aviso entendido, as renovações e o início dos rivais

NACIONAL17.08.202321:14

Rúben Amorim prevê jogo difícil com o Casa Pia, esta sexta-feira, em Rio Maior, equipa que elogiou bastante na antevisão da partida.

«É uma equipa muito bem trabalhada, com processos de há algum tempo, com um excelente treinador que conseguiu transmitir qualidade e estabilidade. Eles acreditam muito no processo e isso vê-se, sofrem poucos golos, estão estáveis. Apesar de só estar há um ano na Liga consegue controlar bem os momentos e não se sente nada ansiosa. Prevejo jogo difícil, temos de controlar as transições, o ano passado tivemos problemas com isso, mas estamos preparados», garantiu, realçando que «todos os movimentos» de jogadores como Godwin ou Clayton «foram estudados».

O Sporting deu-se mal com as transições no jogo com o Vizela e Amorim foi questionado se o novo reforço dinamarquês, o médio Morten Hjulmand, poderia ajudar os leões a controlar melhor as partidas e até alguma ansiedade, uma vez que é um daqueles jogadores sempre ligado à corrente. Considera, no entanto, que foi o coletivo que falhou na forma como permitiu ao Vizela marcar por duas vezes, pelo que não será um único jogador a resolver o problema. Mas que pode ajudar, lá isso pode...

«[Vizela] Foi o jogo em que tivemos mais toques dentro da área, estivemos sempre mais perto do golo e mesmo com o Vizela a dividir

o jogo tivemos mais oportunidades, mas sofremos golos que não devíamos ter sofrido… O Morten não vai ajudar nesse aspeto, foi situação global, foi a equipa toda, o que nos vai dar é mais um jogador que tem características de quem gosta de controlar o jogo de forma diferente da do Morita e do Dani, ajuda a tornar equipa mais completa em todos os momentos do jogo. O que vai ajudar [com o Casa Pia] é estar concentrados do primeiro ao ultimo minuto. Percebemos o aviso e vamos ser melhores agora», assegurou Amorim, que não vê pressão extra no entusiasmo que os sportinguistas estão a demonstrar neste início de época, como se tem visto na venda dos lugares anuais, que esgotaram, e também no merchandising.

«Mais pressão? Não, isto é que deve ser a normalidade do Sporting, foi durante muitos anos, depois passou por tempo difícil e toda a gente sabe que nos últimos tempos houve alguma divisão entre adeptos. Estamos a juntar todos e os bons resultados da equipa principal são o maior combustível para a união do clube, que tem força nas modalidades, está a crescer na formação, na estrutura...  Os sportinguistas conseguem perceber que temos de estar todos juntos… Assobios é algo normal aqui e em todos os clubes do Mundo… é não ligar… As coisas estão no bom caminho, os adeptos estão com a equipa e temos de corresponder, somos o maior combustível dessa onda, mas o principal são os adeptos», argumentou o treinador, feliz pelas renovações de Pote, Nuno Santos e Gonçalo Inácio.

«Estão de pedra e cal, gostam de estar cá, o ambiente é muito bom, temos tido atenção de dar preferência à renovação dos jogadores que são importantes e o treinador não podia estar mais satisfeito. Agora têm de continuar a trabalhar para serem opção», assentou.

Amorim disse não ter visto as estreias dos rivais na Liga, mas antecipou um campeonato «muito duro», no qual será fundamental um início assertivo, sem tropeções.

«Acho que [o Campeonato] vai ser bastante difícil e no início tem muito importância o conseguir disparar bem, mas não há jogos fáceis. Não vi os jogos dos rivais, soube dos resultado, mas a primeira jornada é sempre complicada, há sempre muito ansiedade, até eu senti isso na equipa a ganhar 2-0, pelo que prevejo Campeonato muito duro. É importante não perder pontos no início e é isso que vamos tentar fazer amanhã [sexta-feira]», frisou.