19 anos depois e com muito drama, o Atlético Madrid vence na casa do Barcelona
Pedri abriu o marcador, mas De Paul e Sorloth, à hora de jogo e no último lance da partida, causaram a terceira derrota consecutiva do Barça em casa
Com direito a reviravolta e pleno de drama e eficácia. Foi assim a vitória do Atlético Madrid no clássico frente ao Barcelona. Os colchoneros começaram a perder, mas, com golo no último lance, venceram por 2-1.
Não parecia o habitual Atlético, que levava 11 vitórias noutros tantos jogos, aquele que entrava em campo no Olímpico de Montjuic. O Barcelona começou desde cedo a ameaçar a baliza de Oblak, com cruzamentos vários, sobretudo de Raphinha - sempre perigoso o ex-Sporting e Vitória de Guimarães - e incursões pelo centro. Num lance de combinação à meia hora de jogo, Pedri abria o marcador, depois de tabelar com Gavi e finalizar.
Um golo justo para a equipa e também para o jogador. Com Gavi e Casadó em posições mais recuadas, o médio de 22 anos teve muita liberdade criativa, sobretudo no último terço. Criatividade foi o que faltou ao Atlético: Simeone apostou num meio-campo de grande músculo, com Gallagher, Barrios, De Paul e Simeone, mas faltou a imaginação de Griezmann em zonas mais recuadas.
A postura mais defensiva não era surpresa, perante 46 mil adeptos catalães em Barcelona, e só se agravou perante um Barça que teve, nos primeiros 60 minutos, a melhor prestação desde que iniciou a série negativa de uma vitória em sete encontros. Se, no primeiro tempo, Pedri marcou, aos 58' esteve perto de servir Raphinha para o 2-0, mas o chapéu do esquerdino embateu na trave. A 17.ª vez que o Barcelona atingiu o ferro da baliza na atual edição do campeonato, mais que qualquer outro emblema, foi, também, momento de viragem no duelo.
Acontece que, à hora de jogo, Rodrigo de Paul estava à entrada da área para aproveitar um corte de Casadò para, com um remate pleno de colocação, fazer o empate. O golo da igualdade revelou-se, mais que um choque no resultado - o Atleti havia tocado na bola na área adversária três vezes até então - um obstáculo para o Barça, que, mesmo dominante, não conseguiu criar durante largos minutos.
A entrada de Dani Olmo permitiu ao Barça ser mais criativo. A bola não entrava, Oblak agigantava-se e o Barça acreditava. Mas... demais. A equipa projetou-se totalmente para procurar o golo da vitória, mas o espaço para o contra-ataque é sangue para o tubarão de El Cholo. Na última jogada do encontro, Molina apareceu nas costas e cruzou para Sorloth dar mais três pontos ao Atlético. Primeira vitória de Simeone em casa do rival para o campeonato, a primeira dos colchoneros em 19 anos. O Barcelona soma a terceira derrota consecutiva no Olímpico de Montjuic, a primeira vez que os culés perdem em casa em três jogos seguidos desde 1987.