«Tem 24 anos e usou isqueiro»: Detido presumível autor de incêndio de O. de Azeméis
Incêndio assolam a zona norte de Portugal Foto: LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

«Tem 24 anos e usou isqueiro»: Detido presumível autor de incêndio de O. de Azeméis

DIVERSOS04.12.202411:37

Foi um dos maiores incêndios deste verão

A Polícia Judiciária anunciou que deteve o presumível autor do crime de incêndio florestal ocorrido em Oliveira de Azeméis, um dos maiores incêndios ocorridos em Portugal em setembro, e que só foi dado como dominado uma semana depois de ateado.

«A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural – Zona Norte, identificou e deteve, ontem, ao final do dia, o presumível autor do crime de incêndio florestal, ocorrido na localidade de Ossela, em Oliveira de Azeméis, correspondendo a um dos maiores incêndios ocorridos no país, no passado mês de setembro. O incêndio em causa teve início a 14 de setembro, tendo sido dado como dominado no final da semana seguinte, a 20 de setembro», diz um longo comunicado da PJ.

E continua: «O incêndio em causa teve início a 14 de setembro, tendo sido dado como dominado no final da semana seguinte, a 20 de setembro. Só no concelho de Oliveira de Azeméis consumiu mais de 6.000 hectares de floresta e de mato, habitações e outros equipamentos e edificados, acabando por convergir com os incêndios que tiveram origem em Sever do Vouga e de Albergaria-a-Velha no mesmo período. No conjunto dos três incêndios, foi consumida uma área aproximada de 36.600 hectares, entre povoamento florestal, matos, habitações, indústrias e outros edificados, bem como a perda de vidas, amplamente difundidas pela comunicação social. Este incêndio foi provocado com recurso a isqueiro, com vários pontos de início, tendo sido necessário proceder ao corte de autoestradas e outras vias rodoviárias, com especial enfase nas A1 e A29. Empenhou várias centenas de operacionais, veículos e meios aéreos, sendo um dos maiores incêndios que lavraram no período relativo à declaração da situação de alerta decretada entre 15 e 17 de setembro de 2024, para todo o território continental.»

A PJ contextualiza: «O detido, de 24 anos, solteiro, operário fabril, não apresenta qualquer motivação para a autoria dos factos. Vai ser presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.»

(atualizado às 11.38 horas)