Especialista de arbitragem de A BOLA, Duarte Gomes, foi um dos convidados no workshop 'Árbitro e controlo antidoping: porque não?'
Realizou-se, neste sábado, o segundo de três dias da 3.ª edição do Ética Summit, evento cem por cento digital do qual A BOLA é parceira. Se o arranque do evento não deixou a desejar com o lançamento do livro de Luís Horta, este segundo não ficou nada atrás.
E-book 'Questões em aberto sobre Ética Desportiva na visão da saúde' foi apresentado e, mais tarde, realizou-se a conferência com a temática 'desporto para o desenvolvimento e a paz'
De salientar que ao longo do dia todos os painéis temáticos contaram com uma participação superior a 1000 pessoas por sala, algo que a organização descreve como «extraordinário». Nos workshops, os cenários foram de 530 participantes em simultâneo em cada sala.
Logo para abrir, o evento iniciou com a conferência 'Igualdade de género'. Tratou-se de um debate que colocou em discussão questões relacionadas com a igualdade de oportunidade e equidade entre géneros. Aqui foi também discutidos o papel das organizações, as diferenças entre os conceitos de sexo e género, entre vários outros temas, colocando ainda em debate as estratégias que devem ser levadas a cabo para promover a igualdade de oportunidades.
Seguiu-se o bloco temático sobre 'Valores do desporto' e 'Literacia na Ética Desportiva' onde uma das conclusões tiradas é que a consciencialização para cimentar a educação dos valores da ética e da integridade é fundamental e deve ser promovida tanto no ambiente familiar, como fora dele.
Algo que cada vez tem sido mais presente no dia a dia é a inteligência artificial (IA) e, naturalmente, esta temática não passaria ao lado do Ética Summit. Assim, nas conferências 'A inteligência artificial no desporto' e o 'Uso da IA no treino; na arbitragem; na análise da competição' colocou-se a seguinte questão: «Será a IA uma ameaça ou uma oportunidade nas questões associadas à ética?» Foi neste sentido que se desenvolveram as discussões dos painéis neste bloco.
O dia terminou com o workshop 'Árbitro e controlo antidoping: porque não?', no qual, entre os vários e ilustres oradores, este contou com uma cara bem conhecida deste jornal: Duarte Gomes. O especialista de arbitragem da A Bola foi um dos convidados para falar sobre o tema em questão, assim como Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).
Naquele que foi descrito pela organização como um workshop «muito participativo», foram discutidas questões relacionadas com a tecnologia e a arbitragem, ainda, se o controlo antidoping faz, ou não, sentido aplicar nos árbitros. Será que os árbitros devem ser equiparados aos atletas? Foi este o mote para a discussão de uma possível ponderação jurídica sobe o tema.