Xavi e o Barça
Sem ele não há cérebro para o ‘tiki-taka’; Sergio e Florentino; Pippen e Jordan
Agora que o Barcelona continua a cair a pique e mesmo assim ainda não chegou ao fundo do poço, mergulhado numa inacreditável crise financeira e desportiva que ameaça até a identidade de um clube que é més que un club, Joan Laporta aposta em Xavi Hernández na ânsia de repetir o tiro certeiro de 2008 com Pep Guardiola. Se a história se repetirá, o tempo dirá. Ambos são homens da casa e catalães convictos, discretos fora de campo, produtos de La Masia e defensores de uma filosofia de jogo única, o inimitável tiki-taka cuja versão revista e melhorada Guardiola desenhou inspirado em Cruyff. O problema é que, ao contrário do que aconteceu com o atual técnico do Man. City no momento em que transitou da equipa B dos culés para a principal, Xavi regressa a Camp Nou sem um cérebro na casa das máquinas do nível de… Xavi. E sem o médio nascido em Terrassa há 41 anos - último treinador da carreira de futebolista foi Jesualdo Ferreira, no Al Sadd, a quem sucedeu no cargo em 2015 - o genuíno tiki-taka nem com Iniesta e Messi seria possível. Tal como disse Jorge Valdano, «se o futebol fosse uma ciência, Xavi teria descoberto a fórmula secreta».
Sergio Ramos participou apenas em cinco jogos durante este ano, o último em maio, vítima de lesões constantes, primeiro no Real Madrid, agora no PSG. A polémica novela de verão sobre a renovação do histórico dos merengues, que não se concretizou e fechou assim ciclo de 15 épocas do central na casa blanca, parece ter um final feliz para Florentino Pérez.
Scottie Pippen está desiludido com Michael Jordan, diz que este não lhe deu o devido valor, críticas que surgiram após a exibição de The Last Dance, uma das melhores companhias dos tempos de confinamento, na qual se recordou o trajeto dos Chicago Bulls rumo ao sexto título da NBA. A melhor dupla da história do basquetebol - tantas alegrias me deu - que se entenda como fazia em campo. Em nome do jogo.