Ronaldo e o Real
Real e CR7 precisam um do outro; Juve nunca é fraca para uma equipa lusa; Laporta aberta
1. Nasceram um para o outro, apesar da diferença de idades quando se juntaram, em 2009, o Real Madrid com 107 anos de história, Cristiano Ronaldo a caminho dos 25 mas já com passado de muitos sucessos e a prometer outros tantos. Ao longo de nove épocas não viveram um sem o outro, mesmo com altos e baixos na relação, concluída com 15 troféus para o português, autor de 450G em 438J. Separados em 2018, divórcio assinado após a celebração da Champions em Kiev ante o Liverpool, Ronaldo perdeu a equipa que atrai a orelhuda como se tivesse um íman e o Real Madrid ficou sem o extraterrestre que por quatro vezes o conduziu às nuvens. Desde que caiu nos braços da vecchia signora, CR7 despediu-se da Liga dos Campeões uma vez nos quartos de final (Ajax) e duas nos oitavos (Lyon e FC Porto), sina tão triste como a do colosso espanhol eliminado nos oitavos (Ajax e Man. City) e agora na luta com a Atalanta. Aos 36 anos, com o recorde de Gento de seis Taças/Ligas dos Campeões tão perto de igualar, que destino dará o craque à carreira? Com porta entreaberta para sair da Juventus, voltar a um sítio onde foi feliz seria tão aliciante como perigoso, mas se nasceram um para o outro...
2. Desde que a bola é redonda sempre foi um feito uma equipa portuguesa eliminar o campeão italiano de uma prova da UEFA. Se essa competição for a Champions e o adversário a Juventus, em vantagem numérica mais de metade do jogo decisivo, além de contar no ataque com um tal de Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, resta tirar o chapéu aos autores da proeza. Aqui só para nós: que teria sido do FC Porto se em 2017 não tivesse contratado um tal de Sérgio Paulo Marceneiro Conceição?
3. Messi em campo, Guardiola no banco, Laporta na presidência, eis os pilares do dream team. Com este último de novo na cadeira de poder, o Barcelona não garantirá o regresso do técnico, mas talvez segure o argentino.