O primeiro balanço

OPINIÃO12.10.201804:00

No início do campeonato, em Agosto, escrevi que nesta paragem de Outubro era o momento para se fazer um primeiro balanço das competições. Em relação ao principal campeonato, os primeiros classificados teriam um mínimo de 17/18 pontos, quem tem objectivos europeus entre 11 e 14, e para a luta pela permanência um limite mínimo de um ponto por jornada, ou seja 7. Basta analisar as últimas épocas para se perceber que estes intervalos são relativamente fáceis de se calcular e entender. Há alguns desvios, mas nada de significativo. No geral, os objectivos de cada um dos competidores mantêm-se idênticos aos estabelecidos em Agosto. No que diz respeito à Liga Pro existem diferentes desequilíbrios, esperados até certo ponto, muito pelas características da competição. O mesmo acontece no campeonato de Portugal, e infelizmente, até nos escalões de formação.

Vamos esperar mais umas jornadas para percebermos se este comportamento se vai acentuar ou, pelo contrário, vamos ter uma época que seja idêntica a muitas passadas. Torna-se importante referências comportamentais equilibradas para o processo de evolução que todos pretendemos.

O equilíbrio entre os participantes, tendo em conta os objectivos de cada um, é a principal razão para este bom senso. O equilíbrio é o sucesso da competição. Esta é a premissa que nos deve orientar na gestão de um campeonato, da mesma forma que o desenvolvimento do praticante deve ser o primeiro objectivo do clube e do treinador. O jogador é a célula base de todo o processo, o elemento fundamental, contudo, quanto maior é a exigência da competição menor é a disponibilidade para esse cuidado. A exigência de vitória condiciona todo o processo. Numa competição equilibrada as vantagens são evidentes para todos os intervenientes e diluem-se muitas decisões precipitadas.