Inter de Melão
O banco do Benfica frente ao Inter mais parecia uma viagem de finalistas a Benidorm
1. Vítor Pereira foi despedido do Flamengo. Tão surpreendente como um ciclista ser apanhado com doping.
2. A Autoridade de Combate à Violência lançou uma campanha para promover a paz no Desporto. É como lançar uma campanha para promover a roupa de inverno num cabaret.
3. A grande conquista do FC Porto no clássico, além dos três pontos, foi ter saído da Luz com a confiança de quem está sete pontos à frente e ter deixado o Benfica com a pressão de quem está sete pontos atrás.
4. A Liga está disponível para ter árbitros a falar antes dos jogos, seguindo o exemplo da Liga 3. Fazê-lo depois dos jogos é que seria corajoso e interessante: é a diferença entre pedir a um casal para falar antes do casamento ou depois do divórcio.
5. Eduardo Felicíssimo assinou contrato profissional com o Sporting. «Estou muito feliz», disse. Já fará menos sentido após uma derrota. Eduardo Felicíssimo: «Estou triste.»
6. O antigo guarda-redes Bruno (ex-Flamengo), que cumpriu pena por homicídio, tornou-se mental coach. Não será mortal coach?
7. A companheira de Darwin Núñez partilhou uma foto do avançado uruguaio a comer sushi, e colocou a seguinte legenda. «As duas coisas que mais gosto de comer.» Um sentido de humor ao nível da época do Liverpool.
8. Sou a favor da aposta nos jovens, mas o banco do Benfica frente ao Inter de Milão mais parecia uma daquelas viagens de finalistas a Benidorm.
9. As críticas a Roger Schmidt após as derrotas com FC Porto e Inter de Milão (que para os adeptos do Benfica, tal a desilusão, foi Inter de Melão), mostram que não há atalho mais curto entre céu e inferno do que no futebol. Ao menos Vítor Pereira, desde que chegou ao Flamengo, esteve sempre no inferno. Poupou nas deslocações.
P. S. - Guedes e Musa estavam a aquecer para entrar no último ponto deste artigo, mas entretanto acabei.