Então e a aposta na formação, Bruno Lage?
Seixal foi viveiro de pérolas na primeira passagem pelo Benfica e agora eclipsou-se neste regresso do técnico às águias
Na primeira passagem pelo Benfica (2018 a 2020), Bruno Lage lançou meninos como Florentino Luís, Ferro, Nuno Tavares e Tomás Tavares, ao mesmo tempo que potenciou João Félix de tal modo que, após 20 golos e oito assistências, seria transferido para o Atl. Madrid por € 126 milhões.
O que aconteceu, então, para que, cinco épocas depois, não se veja vislumbre sequer de aposta em pérolas do Seixal pelo técnico que substituiu Schmidt? Esta época, por exemplo, na montra da Liga, só quatro nascidos na cantera da águia foram utilizados por Lage e esses quatro são... Florentino (25 anos), António Silva (21), Tomás Araújo (22) e Renato Sanches (27). Note-se que João Rego (19) jogou 5 minutos no campeonato, mas ainda com Schmidt no comando.
O que é feito, então, da formação do Benfica? Não há um jovem que sirva para a equipa principal? Ou que possa ser potenciado na montra maior do futebol português? Até ver, a realidade diz-nos que não, que não há...
Ao invés, FC Porto e Sporting vão fazendo uso das pérolas das respetivas escolas. No caso dos leões, agora orientados por Rui Borges, destacam-se dois meninos de 17 anos, Geovany Quenda e João Simões, mas também Arreiol e Mauro Couto, ambos de 19; isto além dos consagrados frutos da Academia, Inácio, Bragança e Quaresma.
Pelos dragões de Vítor Bruno, outra mão cheia de diamantes em crescimento, com os holofotes a incidirem sobretudo em Rodrigo Mora (17 anos), mas também em Martim Fernandes (18) ou Vasco Sousa (21); a que se juntam João Mário, Gonçalo Borges e ainda os homens da casa, Diogo Costa e Fábio Vieira. Do Seixal é que, até ver, nada... à vista.