O plano do Benfica para o mercado de janeiro

NACIONAL02.01.202522:22

SAD resiste a vendas e deseja mexer pouco; contratação de lateral-direito pode ser exceção, mas alternativas da casa estão em análise

O mercado para transferências está aberto e a planificação das movimentações nesta janela pode mudar rapidamente, mas a SAD dos encarnados deseja mexer no plantel o menos possível até final da época. Uma posição que Rui Costa, presidente o Benfica, assumiu publicamente, no início de dezembro, numa deslocação a Arouca para a inauguração das novas instalações da casa do clube na vila. E reforçada várias vezes pelo treinador, Bruno Lage, que afirmou sentir que «é com este» plantel que será campeão.

A estrutura do futebol profissional ainda estuda pontos da abordagem ao mercado, mas em relação a entradas a ideia é que só sucedam no caso de uma saída inevitável. A exceção deverá estar na contratação de um lateral-direito para o lugar de Issa Kaboré, defesa burquinês que não correspondeu às expetativas e terminou mais cedo o empréstimo do Manchester City. O jogador já não se treina com as águias e nesta altura há apenas Alexander Bah para a posição. Porém, Bruno Lage, no imediato, vai analisar a capacidade de alguns jovens da formação do Seixal para concorrem com Bah. Leandro Santos e Diogo Spencer há muito que também trabalham em contexto de plantel principal, já foram convocados e Leandro Santos até já se estreou, no jogo da Taça de Portugal com o Estrela da Amadora.

Mas na agenda está, efetivamente, a contratação de mais um lateral-direito, lacuna evidente no plantel às ordens de Bruno Lage.

O treinador também deseja, como A BOLA já detalhou, as contratações de um extremo-direito, para poder responder quando Di María não estiver, e de um defesa-central para precaver a possibilidade de algum dos atuais centrais, muito cobiçados, sair. Estas aquisições (e outras, como a de um médio-defensivo) apenas devem avançar no verão.

No ataque, mantém-se a eventualidade de chegar alguma proposta interessante para Arthur Cabral, que custou €20 milhões e não tem tido muitos minutos, mas só nesse caso o Benfica admite a saída do jogador. Uma posição válida para outras peças fundamentais, como os centrais Tomás Araújo e António Silva, ou o lateral-esquerdo Álvaro Carreras, todos com sondagens fortes e de clubes importantes para transferências. O Benfica, em todos estes casos, mantém-se intransigente e aponta para as cláusulas de rescisão. Há interesse de emblemas em jogadores que não estão agora na primeira linha da equipa, da Alemanha para Beste ou da América do Sul para Prestianni e Rollheiser; o extremo norueguês Schjelderup é outro caso de pouca utilização e ainda em análise quanto ao futuro dele. Mas agora, em janeiro, a SAD deseja mudar pouco e é assim que pensa gerir as próximas semanas.