Então até já, ‘mister’

OPINIÃO14.03.201903:00

HABITUEI-ME a assistir ao fenómeno em Itália, onde alguns dirigentes de futebol parecem ter saído de um filme de Ettore Scola. O campeão era Maurizio Zamparini, antigo presidente do Palermo: em 15 anos à frente do clube onde brilharam Pastore, Cavani e Dybala despediu mais de 40 treinadores, alguns deles em versão redobrada. Em 2015/2016 cometeu a proeza de despedir um técnico duas vezes na mesma época (Giuseppe Iacchini) como se estivesse a jogar roleta no casino.


Esta temporada temos assistido a situações idênticas sem excentricidades sicilianas: o Villarreal recontratou Javier Calleja um mês e meio depois de despedi-lo, o Mónaco mandou embora Leonardo Jardim e três meses depois voltou atrás e agora vemos Zidane regressar ao Real Madrid nove meses depois de ter pedido para sair. Em Portugal importa-se muito o que se faz lá fora e por isso não me causará espanto se, em breve, um treinador voltar a um clube de onde saiu em circunstâncias pouco abonatórias. Em junho falamos. Certo, Jorge Jesus?