‘Cum grano salis’

OPINIÃO14.06.201901:48

Buffon e um sonho veranil

DE Itália vem uma surpreendente notícia. Talvez seja impróprio chamar-lhe notícia. Mas só o cenário de imaginar o grande, o enorme, o gigante Gianluigi Buffon equipado de dragão ao peito já preenche o programa integral dos sonhos de uma noite de verão. Mesmo sem Shakespeare.

David Tavares e o acaso de um olhar

Acélebre academia do Seixal já não é apenas um centro de formação. Em certos casos parece mesmo um centro de produção e formatação. Vejamos um exemplo concreto. Primeiro veio Renato Sanches. E logo depois foi de partida. Chegou então Gedson Fernandes. Que ainda não partiu. Entretanto chegou também Florentino. Agora parece que o molde está a ser ensaiado em David Tavares. Quem? Trata-se de um rapaz com 20 anos que chegou ao Benfica proveniente do Sporting e que começou o seu processo de formação no Tojal e no Loures. Mas ainda nem sequer se estreou na primeira equipa. E então? Então sucede que o Liverpool, antes da final da Liga dos Campeões disputada em Madrid, defrontou o Benfica B num jogo-treino em Marbella. E terá sido aí que David Tavares captou a atenção do olhar clínico de um tal Jurgen Klopp...

Paulo Fonseca sempre a subir

E Paulo Fonseca, depois de três triunfantes épocas na Ucrânia, prossegue a sua ascensão. Agora vai treinar a Roma! Bravíssimo!

Vettel, ou quando o vencedor não chega em primeiro

SEI bem que a realidade consegue amiúde ser mais criativa do que a imaginação. Mas confesso que depois de ver algumas decisões, indecisões e não-decisões dos nossos VAR, a última coisa que poderia esperar era assistir a uma vitória num Grande Prémio de Fórmula 1 obtida na secretaria. Para quem não siga estas peripécias das velocidades: o alemão Sebastian Vettel foi o primeiro a cruzar a meta do circuito canadiano de Montreal mas não foi o vencedor. Confuso? Nem por isso. Aconteceu apenas que os VAR lá da coisa decidiram, por um mero incidente típico de corrida, penalizar o piloto da Ferrari em 5 segundos, que neste desporto são uma eternidade. Ou seja, o suficiente para aquele que chegou em primeiro lugar não ser o vencedor.


Para iluminar dúvidas

JÁ agora e por falar em VAR diga-se que, atendendo a que na temporada agora finda os potenciais casos polémicos em matérias arbitrais resultaram quase todos frustres, urge reconhecer o imperativo de pôr um fim a tal autêntica pasmaceira. Como é de todos bem sabido, os pratos, por mais frescos que possam ser os ingredientes e capazes os chefes que os confecionam, resultam sempre insípidos se não contarem cum grano salis. A solução passa, por conseguinte, por aditar às receitas tradicionais um nadinha a mais de tempero. E como? Vejamos então. Uma das inovações, segundo foi já noticiado, passará pela introdução de linhas de fora de jogo no sistema do VAR, comuns a todos os jogos e independentemente das transmissões televisivas, ao invés do prescrito nas duas últimas temporadas. Assim, se até agora essas mesmas linhas exibidas na maior parte das transmissões não podiam ser utilizadas pelo VAR como ferramenta oficial de análise, tal inibição deixará de ser válida no próximo futuro. E onde está o sal novo? Apenas neste detalhe: quando se fala de «operadores televisivos» quer dizer-se tão somente a Sport TV ou também a Benfica TV? Mas nesta segunda hipótese não poderá parecer um pouco estranho, bizarro até, que coubesse a esta, nos jogos que a veneranda instituição dispute no seu luminoso estádio, proceder à aferição da conformidade, ou não, dos lances duvidosos, sejam estes a favor ou contra o Glorioso? Fica a questão. Sem contestar, porém, que a esta Luz tudo ficaria mais claro. Subsiste, porém, uma dúvida: será que a reconhecida e obtusa tacanhez da UEFA lhe permite estender essa preclara solução aos desafios da Liga dos Campeões? 

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