20 março 2025, 22:26
Rúben Dias deixa dura mensagem após desastre na Dinamarca
Central da Seleção salienta os valores que faltaram a Portugal na derrota frente à Dinamarca
Resultado na Dinamarca deixa tudo em aberto para a segunda mão, mas a primeira voltou a confirmar os piores receios de quem exige muito mais a esta Seleção recheada de estrelas
A Seleção Nacional entrou em campo na Dinamarca com Diogo Costa no melhor momento da época, três jogadores do PSG que andam a brilhar na Champions, meia dúzia de craques do Man. City, Man. United, Milan, Chelsea e Juventus, e com Cristiano Ronaldo. Com matéria-prima desta é difícil não ambicionar grandes voos, mas não é a primeira vez que Roberto Martínez faz questão de nos amarrar à pista com um futebol enfadonho, substituições conservadoras e uma falta de qualidade chocante.
A exibição de Portugal foi má, mas o resultado até podemos concluir que foi agradável, pois permite que tudo seja resolvido na segunda mão, amanhã, em Alvalade. É o copo meio cheio. Mas ver Vitinha e João Neves (a dupla que o selecionador agora reivindica porque a juntou num amigável, mas da qual se esqueceu no Euro...) a andar às aranhas, ou ver um Bruno Fernandes que tem estado magnífico em Inglaterra desaparecido, ou assistir a 90 minutos de um ponta de lança de 40 anos com lugar cativo, só pode resultar num copo muito vazio.
É verdade que a tarefa de um selecionador pode ser várias vezes ingrata. Desde a lista de convocados ao apito final do árbitro, todos temos opinião de quem falta ou está a mais, de quem deve entrar ou sair. Juntar estes jogadores em estágios poucas vezes por ano não permitirá grandes teorias, mas ignorar o desperdício de uma das melhores gerações de sempre também não será grande prática.
Roberto Martínez assumiu que este «foi o pior jogo dos últimos dois anos», o que não é coisa pouca, porque os últimos dois anos têm deixado demasiadas vezes a sensação de que Portugal devia estar a fazer jogos muito melhores. Em declarações após a partida, Diogo Costa e João Neves transmitiram esperança na reviravolta na segunda mão. Já Bruno Fernandes e Rúben Dias foram mais acutilantes e atacaram os problemas crónicos (e não de sobrecarga): «pouca agressividade nos momentos de perda de bola», «faltou sermos mais inteligentes», «sem cumprirmos com deveres básicos, fica difícil», «faltou encarar este jogo com uma seriedade diferente». Depois de uma noite daquelas, é algo reconfortante ouvir jogadores deste calibre, líderes de balneários tão relevantes, confirmarem as nossas piores perceções.
20 março 2025, 22:26
Central da Seleção salienta os valores que faltaram a Portugal na derrota frente à Dinamarca
20 março 2025, 22:05
Médio da seleção nacional muito crítico com a exibição de Portugal
Já o capitão não falou, partilhou um post nas redes sociais: «Temos 90 minutos para dar a volta. Vamos com tudo, Portugal!» É um facto seguido de uma promessa. Amanhã, a partir das 19h45, aguardemos por tudo, já que Copenhaga foi um nada.