Nenhum treinador desdenhará ter um suplente tão bom como o luso-canadiano. Porque é este o destino do luso-canadiano, em face do rendimento da dupla Varela/Nico. 'Estádio do Bolhão' é o espaço de opinião semanal do jornalista Pascoal Sousa
Ainda é cedo para se falar de lugares cativos no FC Porto, mas há, seguramente, um conjunto de jogadores que nesta fase da temporada revela um nível superlativo. Falando do meio-campo, e estando à vista que Vítor Bruno vai ter como referência tática o 4x2x3x1, os dois pivots, Alan Varela e Nico González entram no segundo ano nos azuis e brancos e com um enquadramento diferente da época anterior.
O argentino chegou tarde, já com o FC Porto em competição, o espanhol estranhou a nova casa, ao ponto de em janeiro o Girona se ter oferecido para o reabilitar. Acabou Nico por entrar na dinâmica de Sérgio Conceição, da mesma forma que se sente solto e confiante com as ideias de Vítor Bruno. Nesse sentido, salvo lesão ou transferência, não se imagina outra parceria mais capaz que a de Varela e Nico, com a mais-valia da dupla transpor para a nova época a cumplicidade que cimentou em 2023/24.
No rescaldo da excelente participação do Canadá na Copa América, o selecionador Jesse Marsch falou sobre a situação do médio nos azuis e brancos. «Adora o FC Porto, mas ele concorda que tem de jogar», apontou
Por aqui se percebe as palavras do selecionador do Canadá, Jesse Marsch, sobre Eustáquio. Continuará a ser um suplente muito útil para Vítor Bruno, se nada de extraordinário acontecer aos titulares. Transmitir a ideia que o médio não está a meditar sobre isso é um engano. Claro que está. O Canadá é um dos anfitriões do Mundial 2026 e depois de uma belíssima Copa América (4.º lugar) os norte-americanos querem fazer boa figura no certame e ter o seu subcapitão a jogar com regularidade. Talvez agosto traga uma imagem mais focada do que pode acontecer, porque a Eustáquio não faltam equipas desejosas de elevá-lo a principal referência do meio-campo.