A globalização

OPINIÃO16.11.201803:32

A evolução do desporto de alto rendimento, a crescente globalização do sector, com a abertura dos espaços nacionais a praticantes de outras nacionalidades, tem provocado alterações várias, nos clubes ou nas selecções. A origem dos jogadores convocados tem sido cada vez mais diversa. Os clubes têm um mercado global para conseguirem contratar aqueles que nos seus parâmetros de avaliação, desportivos ou económicos, se apresentem como melhores soluções. A competição tenta ter os que julga mais capazes e as seleções são assim obrigadas a proceder a observação cada vez mais ampla.

No caso particular do futebol, a semana passada, último momento para observar jogadores com a possibilidade de convocação para as equipas nacionais, deu-se a curiosidade de se cruzarem vários jogadores portugueses com uma mesma equipa. O Sporting defrontou o Arsenal na quinta-feira, jogou inicialmente com 4 jogadores em condições de representar a seleção nacional, tendo mais 3 como suplentes.

No domingo, o mesmo Arsenal recebeu o Wolves, tendo estes iniciado o jogo com 5 jogadores portugueses, estando 2 como suplentes. Por curiosidade, os dois jogos acabaram empatados. Mas o importante é perceber que a observação é global. No Emirates, no esaço de três dias estiveram presentes 14 jogadores seleccionáveis por Portugal.

O Wolves iniciou o jogo com o mesmo número de jogadores nacionais do que o Braga, na Liga portuguesa. Na verdade, as equipas de topo estão cada vez mais internacionalizadas e esta globalização provocou uma alteração no processo de recrutamento dos selecionadores nacionais, principalmente dos que representam países pequenos e com jogadores de elevado potencial. Portugal é exemplo, como Bélgica, Croácia ou Uruguai.

A base da equipa dificilmente joga num mesmo clube e as ligações anteriores (as que vêm dos escalões de formação, por exemplo) são importantes. Realizar bem este processo ajuda ao sucesso futuro, nos clubes ou nas selecções.