9 anos de cadeia para Brittney Griner na Rússia

WNBA 9 anos de cadeia para Brittney Griner na Rússia

MAIS DESPORTO04.08.202217:32

O Tribunal de Khimki (Rússia) considerou a basquetebolista norte-americana Brittney Griner, de 31 anos, base das Phoenix Mercury (WNBA) detida por Moscovo desde 17 de fevereiro sob a acusação de «contrabando de substância proibida com intenção criminosa», culpada, e sentenciou-a a «nove anos de prisão» mais multa de cerca de €15 mil, confirmou a juiza, Anna Sotnikova, na leitura da sentaça, na tarde desta quinta-feira.

De acordo com a acusação, o óleo de cannabis encontrado na bagagem de Griner há mais de cinco meses no aeroporto de Moscovo, quando a base - bicampeã do Mundo e olímpica (Rio de Janeiro-2016 e Tóquio-2020) - se preparava para voltar aos EUA após três meses ao serviço da equipa do UMMC Ecaterimburgo (1.ª divisão russa) durante a pausa entre as duas épocas da liga profissional feminina de basquetebol norte-americano, fundamenta a decisão.

«Nunca quis magoar quem quer que seja, nem infringir quaisquer leis ou prejudicar a Rússia», foram as alegações finais, em sua defesa, da basquetebolista, neste dia, na barra do tribunal, após se ter dado como culpada, na tentativa de obter atenuantes à pena, que poderia ir até dez anos de prisão. A juiza disse, durante a leitura do veredito, ter considerado as atenuantes, como o de se ter declarado culpada.

«Cometi um erro mas espero que a minha vida não acabe aqui. Sei que todos falam de política do meu caso, mas espero que a política se mantenha longe da sala e deste tribunal», disse então Brittney Griner.

O Procurador russo pediu nove anos e meia de prisão efetiva para Griner, revelou Maria Blagovolina, uma das advogadas de defesa da basquetebolista, da empresa Rybalkin, Gortsunyan, Dyakin and Partners. Viu o pedido da acusação quase satisfeito na íntegra pela juíza: Brittney ficará detida na Rússia até 2031.

A advogada alegou em tribunal, na defesa de Brittney, que esta «nunca usou marijuana na Rússia ou teve intenções disso», além de, sobre os cartuchos com vaporizador à base de cannabis que constituem a base da acusação «nem era preciso tê-los levado para o país»: a quantidade encontrada pelas autoridades seria «inferior a uma grama».