Moto GP: Miguel Oliveira à descoberta da Índia

Moto GP: Miguel Oliveira à descoberta da Índia

MOTO GP19.09.202323:02

Estreia do Grande Prémio, marcada por dificuldades organizativas, pode consagrar o Falcão

A entrada do MotoGP na Índia «será um desafio a todos os níveis para pilotos, motos e a equipa», reconhecia Miguel Oliveira na antecâmara da paragem número 13 do Mundial de velocidade, marcada pela falta de homologação da pista e o caos na atribuição dos vistos de entrada a poucas horas das motas encherem o Circuito Internacional de Buddh, perto da capital Deli. Mas o português tem sido exímio a desbravar novas pistas e está a gerar a expectativa de poder igualar o espanhol Marc Márquez em estreias.

Entre 2011 e 2013, o circuito esteve afeto à fórmula 1, que desistiu com a promessa de nunca mais voltar à Índia devido aos entraves alfandegários e fiscais. Os 5010 quilómetros de extensão da pista, oito curvas à direita e cinco à esquerda, são agora um novo território para os pilotos de MotoGP. As equipas sabem que uma adaptação rápida é a chave do sucesso, mas enfrentam dificuldades acrescidas provocadas por problemas organizativos. Os pilotos foram desafiados a pagar uma parte dos impostos dos seus salários, o circuito aguardava a homologação da Federação Internacional de Motociclismo e muitas equipas enfrentaram dificuldades na entrada na Índia, que prometara ao organizador, Dorna, facilitar esse processo burocrático, contou o site Speedweek.

«A pista indiana será um desafio em todos os aspectos. Para nós, pilotos, para as motos e para a equipa. Acredito que podemos fazer um bom trabalho», antecipou Miguel Oliveira, piloto da RNF Aprilia em ascenção, 13.º classificado no Mundial de pilotos de MotoGP. «Acredito que possamos fazer um bom trabalho e estamos concentrados numa adaptação rápida e eficiente. O objetivo continua a procura do melhor desempenho possível com a nossa mota. Vamos procurar pontos em ambas as corridas», reforçou o português, aludindo à Sprint, sábado, e à corrida principal, no domingo.

«A pista indiana será um desafio em todos os aspectos. Para nós, pilotos, para as motos e para a equipa. Acredito que podemos fazer um bom trabalho»

Um percurso desconhecido «é um bom presságio» para Miguel Oliveira, vitorioso nas duas últimas estreias de um Grande Prémio no calendário do Mundial — em 2020, em Portimão, e em 2022, na chuvosa corrida de Mandalika, na Indonésia, então ainda a competir pela KTM, conforme lembrou o órgão de informação. O Falcão poderá igualar o recorde do oito vezes campeão mundial da Honda, que conta com vitórias, três, na estreia do Circuito das Américas, em 2013, de Termas de Rio Hondo, na Argentina, em 2014, e do Buriram, Tailândia, em 2018.