27 dezembro 2024, 12:11
A nova vida de Miguel Oliveira com a Yamaha/Pramac
O piloto português prepara-se para a sétima temporada no MotoGP, depois do 15.º lugar no Mundial do ano passado, onde uma lesão o impediu de participar no final da temporada
Piloto português aponta a um lugar entre 5.º e 10.º para 2025 depois de dois anos de muitas dificuldades e uma época que considera das mais duras da sua carreira
— Também teve um bom treino nestas duas últimas épocas para poder perceber... Foram duas épocas muito trabalhosas, não é? Mais longe, se calhar, daqueles lugares onde preferia estar. Trouxe alguma lição destes dois anos para agora?
— Sem dúvida, é isso que eu quero acreditar. Tive dois anos que foram, talvez, os dois anos mais desafiantes da minha carreira desportiva desde que cheguei ao MotoGP, tanto a nível técnico como a nível de lesões. Problemas que tive ao longo da temporada, esta última queda devido a um problema mecânico... Não foi das temporadas mais estáveis. Também dentro da equipa não vivemos momentos estáveis. A equipa uniu-se à Aprilia com uma ambição, mas depois isso acabou por não se traduzir no resultado. E a verdade é que tivemos dificuldades. A equipa também teve muitas mudanças a nível de management e também de propriedade. Os proprietários mudaram de um ano para o outro. Por isso, diria que nos faltou alguma estabilidade e todos acabámos um bocado afetados por isso. Mas acredito que estou mais completo ao nível técnico para poder adaptar-me a uma nova moto e é isso que é importante.
Tive dois anos que foram, talvez, os dois anos mais desafiantes da minha carreira desportiva desde que cheguei ao MotoGP, tanto a nível técnico como a nível de lesões
— E acha que essa estabilidade que espera encontrar agora aqui pode ajudar a fazer resultados melhores já este ano ou ainda cedo?
— Eu não acredito que seja cedo para ambicionar bons resultados. Os bons resultados obviamente têm de ser alinhados com muito daquilo que tem sido a trajetória e a progressão da Yamaha. Temos visto que nestas últimas corridas a trajetória tem sido muito positiva. Há circuitos muito difíceis, há circuitos onde a moto se portou bastante bem com os dois pilotos. Isso deixa-me confiante. Confiante o suficiente para poder ambicionar um resultado talvez de quinto a décimo. Mas isso é simplesmente agora atirar para o ar uma posição. Acredito que temos de começar o campeonato e talvez após quatro ou cinco corridas conseguiremos perceber bem qual é o nosso target com mais objetividade. E isso só podemos fazê-lo baseado na experiência.
27 dezembro 2024, 12:11
O piloto português prepara-se para a sétima temporada no MotoGP, depois do 15.º lugar no Mundial do ano passado, onde uma lesão o impediu de participar no final da temporada
Confiante o suficiente para poder ambicionar um resultado talvez de quinto a décimo.
— Creio que deve ser das primeiras vezes que o vejo apontar tão para baixo em termos de objetivos de classificação, apesar de estar muito mais experiente. É sinal de maturidade?
— Eu acho que é sinal de maturidade, mas também sinal de não querer entusiasmar-me demasiado e depois as coisas não saírem bem como queremos. Acho que é bom que tanto eu como a equipa estejamos alinhados com a realidade. É bom nós termos ambição, mas é preciso perceber de onde a Yamaha vem e para onde está a caminhar. Sabemos bem qual é a trajetória que queremos levar com a moto e com todo o projeto, mas é preciso entender que estamos numa espécie de época trampolim, onde vamos dar efetivamente um salto competitivo, talvez na segunda metade do ano ou talvez mesmo até só em 2026. Por isso, é olhar para as coisas com esta perspetiva positiva, obviamente, mas ciente das muitas dificuldades que temos ainda.