Ferrari ganha Le Mans pela primeira vez desde 1965!

Automobilismo Ferrari ganha Le Mans pela primeira vez desde 1965!

AUTOMOBILISMO11.06.202316:06

A Ferrari, de forma tão sensacional como surpreendente, venceu a edição comemorativa dos 100 anos das 24 Horas de Le Mans, a 91.ª na história longa da corrida de resistência mais importante do desporto automóvel. Os italianos, que não ganhavam no Circuito de la Sarthe desde 1965 (então, conseguiram-no com a North American Racing Team e um 250 LM pilotado pelo norte-americano Masten Gregory e o austríaco Jochen Rindt), derrotaram a Toyota, que perseguia o sexto triunfo consecutivo, mas teve de contentar-se com uma segunda posição, com o GR010 Hybrid 8 de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Rio Hirakawa, primeiro em 2022.

Os italianos abandonaram os protótipos e a resistência m 1973 para concentrarem todos os conhecimentos e investimentos na Fórmula 1. No entanto, esta época, por disporem de recursos para fazê-lo, estrearam-se na categoria principal do Mundial (WEC), com o 499P, em parceria com a AF Corse, equipa fundada em 1995, em Piacenza, por um ex-piloto (Amato Ferrari), e já  muito experiente em Le Mans – provam-no os quatro sucessos nas 23 Horas, todos em LMGTE Am Pro, em 2012, 2014, 2019 e 2021 (neste ano, também ganhaou em LMGTE Am).

A Ferrari, esta tarde, celebrou a 10.ª vitória em Le Mans (apenas Porsche e Audi apresentam currículos melhores – respetivamente, 19 e 13 triunfos), que conseguiu com o hipercarro 499P #51 do britânico James Calado e dos italianos Antonio Giovinazzi e Alessandro Pier Guidi, três pilotos que passam a integrar a lista de 18 vencedores em la Sarte ao volante de carros da marca do ‘cavallino rampante’. Ganharam após 342 voltas ao circuito com 13,626 km. O Toyota GR010 Hybrid 8, após 24 horas de competição dura, excitante e intensa, cruzou a linha da meta 1,21,793 m depois. Na terceira posição, a Cadillac, com o V-Series.R #2 (Earl Bamber, Alex Lynn e Richard Westbrook).

Nesta ronda 4 do Mundial de Resistência, em LMP2, vitória dos polacos da Inter Europol Competition, num Oreca 07-Gibson (Albert Costa, Fabio Scherer e Jakub Smiechowski). Em LMGTE, Corvette Racing na primeira posição, com o C8.R (Nicky Catsburg, Ben Keating e Nicolás Varrone).

Os dois pilotos portugueses em ação na edição 91 de Le Mans, António Félix da Costa e Filipe Albuquerque, foram brilhantes no arranque das 24 Horas, mas tiverem problemas a mais e, por isso, registaram resultados modestos. O primeiro, na estreia em Hypercar, no Porsche 963 do Team Hertz Jota, até passou pela liderança da corrida, mas terminou em 40.º (13.º na categoria), a 98 voltas dos 499P #51. O segundo, outra vez na competição em LMP2 e num Oreca 07-Gibson da United Autosports, protótipo com que ganhou esta corrida (e o WEC) em 2020, foi 11.º na classe, com menos 7 voltas que os polacos, e 21.º 'à geral'.