Ferrari contra-ataca no segundo dia da pré-temporada

Carlos Sainz foi o mais rápido depois da Red Bull ficar no topo da primeira sessão; Pérez e Hamilton foram segundo e terceiros; equipas focaram-se em simulação de corrida

A Ferrari viu a Red Bull dominar os primeiros testes, mas esta quinta-feira Carlos Sainz colocou a Scuderia no topo da tabela do segundo dia da pré-temporada de Fórmula 1, que têm lugar em Sakhir, no circuito internacional de Bahrein, com um tempo de 1.29.921 minutos, ao fim de 84 voltas. Refira-se, no entanto, que esta marca foi atingida com pneus de composto macios (C4), que não vão estar disponíveis no Grande Prémio do país, já no próximo fim de semana. Sergio Pérez (+0,758 s) e Lewis Hamilton (+1,145 s) só esta quinta-feira é que guiaram os respetivos carros e preencheram a segunda e terceira posições, respetivamente.

«Sinto que ontem tivemos um dia ótimo na pista», comentou Sainz no final da sessão. «Corremos com um carro completamente novo que parecia estar numa boa janela logo que saiu da garagem. Analisámos toda a configuração, o sobe e desce do carro, e ele pareceu responder e reagir bem», detalhou, no entanto, não alimentou expetativas, recordando os rivais de Milton Keynes. «Sobre a performance, eu obviamente não tenho ideia, só posso dizer que a Red Bull parece muito rápida, mas além disso, nada mais [pode ser determinado ainda].»

Apesar dos testes, houve momentos que faziam lembrar uma verdadeira corrida:

O tempo do espanhol foi registado já na sessão da tarde, que foi estendida devido a um problema na pista que foi descoberto durante a manhã. Aí Charles Leclerc passou por cima de uma grelha de escoamento que danificou o chão do carro - acontecimento muito semelhante ao que aconteceu ao espanhol no primeiro treino do Grande Prémio de Las Vegas de 2023 - ao levantamento da bandeira vermelha e ao encurtamento da mesma sessão, devido a questões de segurança. Os pilotos do construtor de Maranello totalizaram 138 voltas e foram a equipa que mais tempo esteve em pista.

Em segundo e terceiro foram os da Red Bull e Mercedes. Checo contabilizou 129 e o sete vezes campeão mundial fez 123. Neste segundo dia o foco desviou-se da performance aerodinâmica dos monolugares para a recolha de dados de longos períodos na pista, simulando condições de corrida, uma vez que as equipas se mostraram satisfeitas com a ausência de problemas de fiabilidade.

Exceto uma. Novamente a Williams, que teve Logan Sargeant ao volante durante as oito horas. O americano, apesar das 117 voltas que completou, passou boa parte do tempo na garagem, com os engenheiros a resolver problemas mecânicos que não foram revelados. Para esta sexta-feira, espera-se que as equipas continuem com as simulações de corrida, explorando diferentes configurações do carro para perceber o limite dos mesmos. Assim é esperado que os tempos voltem a reduzir, sem que sejam totalmente representativos do que poderemos ver na qualificação do primeiro Grande Prémio da temporada de 2024.