Fórmula 1 Aston Martin-Honda em 2026
A Aston Martin prometeu novidade de arromba para a antevéspera do fim de semana do Grande Prémio do Mónaco, ronda 6 do Mundial de Fórmula 1 de 2023, e cumpriu, com o anúncio de acordo com a Honda para o fornecimento de unidades de potência a partir de 2026, parceria que não compromete a parceria da marca britânica de desportivos com a Mercedes-AMG, a atual fornecedora da equipa-sensação da temporada, para a produção de motorizações para os automóveis de produção em série.
O regresso (oficial) da Honda à Fórmula 1 surpreende apenas por representar 'marcha-atrás' nos planos do fabricante nipónico, que deixou a categoria-rainha do desporto automóvel em 2021, imediatamente após a conquista do primeiro título mundial de pilotos por Max Verstappen, com a Red Bull, num monolugar com uma unidade de potência nipónica. A 'saída de cena' não foi consumada de forma integral, já que a marca manteve o apoio técnico à escuderia austríaca que dominou o Mundial no ano passado e continua no topo em 2023, mesmo se de forma indireta, através da Red Bull Powertrains (RBPT), que também é a fornecedora da AlphaTauri.
Em 2026, na Fórmula 1, geração nova das motorizações híbridas introduzidas no campeonato em 2014. Recentemente, a Red Bull anunciou acordo com a Ford para a fornecimento de unidades de potência, parceria que representa, o regresso da marca da oval azul à categoria, facto que a Aston Martin, que mantém parceria com a Mercedes e tem ambições na categoria, aproveitou para seduzir construtor com programa (muito) ambicioso de eletrificação do automóvel.
O regulamento técnico para 2026, para acelerar a descarbonização da Fórmula 1, obriga a unidade de potência eletrificada a 50% e o recurso a etanol sustentável como combustível, o que atraiu a Honda. «Para ganharmos, a ‘chave’ é desenvolvermos motor elétrico compacto, leve e potente alimentado por bateria supereficiente e fórmulas novas de gestão da energia. Esta combinação e o conhecimento tecnológico que estamos obrigados a adquirir, teoricamente, pode aplicar-se nos automóveis elétricos de produção em série que temos no nosso plano de produtos para os anos vindouros», disse Koji Watanabe, da Honda Racing, que também assumiu o compromisso de tornar a Aston Martin numa escuderia capaz de ganhar títulos mundiais.
Em 2026, na Fórmula 1, como fornecedores de unidades de potência, Alpine, Audi, Ferrari, Ford. Honda e Mercedes-AMG. O início da relação do fabricante japonês com a categoria-rainha do desporto automóvel remonta a 1964, inicialmente como escuderia independente, depois como fornecedor de motores/unidades de potência. Na segunda condição, mais sucessos, com títulos de construtores em 1987, 1988, 1989, 1990, 1991 e 2021, e títulos de pilotos em 1987, 1988, 1989, 1990, 1991 e 2021. Neste período, como Honda ou fornecedora/parceira técnica das escuderias Spirit, Williams,Lotus, McLaren, Tyrrell, BAR, Jordan, Super Aguri, Toro Rosso, Red Bull e AlphaTauri, registo incrível de 89 vitórias, 223 pódios, 90 «pole position» e 76 voltas mais rápidas em grandes prémios!
A estreia aconteceu em 1964, na Alemanha, e a primeira vitória foi comemorada em 1965, no México, com o norte-americano Richie Ginhther, num RA272. Como construtor, nas 4 eras que viveu na Fórmula 1 (1964-1968, 1983-1992, 2000-2008, 2015-2021), num total de 88 grandes prémios, apenas mais dois triunfos (Itália-1967, com John Surtees. e Hungria-2006, com Jenson Button), 3 pódios, 2 «pole position», 2 voltas mais rápidas e 0 títulos.