Selecionador Paulo Freitas após empate (4-4) com Argentina: «Sentimento é de frustração»
Técnico nacional lamenta perda dos três pontos e da liderança do grupo a 12 segundos do final do jogo, identificada 'outros' momentos do jogo e alerta para o poderia físico francês, o próximo adversário
Paulo Freitas admite frustração pela cedência do empate em fase tão tardia do jogo e por considerar que a Seleção tinha-o controlado. «É óbvio que é um sentimento de grande frustração. Depois do trabalho enorme que a equipa fez durante os 50 minutos, percebemos que a 12 segundos do fim tudo acabou por ruir», começou por declarar o técnico português.
«Temos de ter mais lucidez naquilo que fazemos dentro de pista. Sofremos dois golos de bola parada, de quatro. Esse é um momento que marca o jogo, porque a Argentina ali aproxima-se num momento em que que nós estávamos por cima do jogo, a controlá-lo», afirmou Paulo Freitas.
«Tal como digo muitas vezes nestas situações, hoje é dia de fazermos o luto e a partir da manhã é um novo dia. Nada, obviamente, está perdido. Era um objetivo intermédio ganhar o grupo, para depois termos uma dimensão diferente em termos de dificuldade nos quartos de final, mas não é por aí que vai alterar rigorosamente nada sobre o que teremos de fazer», continuou o selecionador.
Sobre o adversário que se segue... «França tem uma dimensão física assinalável, que coloca sempre muitas dificuldades, e nós temos de ter a capacidade e a inteligência de não levar o jogo para essa dimensão em que, claramente, eles saem a ganhar. vamos preparar bem o jogo com a França para podermos estar nas meias-finais».
«O jogo teve alternâncias. Nós, claramente, entramos por cima, colocámos muitas dificuldades à Argentina, mas esta tem uma capacidade também muito interessante em ações de um contra um. É uma equipa que nos desgasta muito fisicamente, que abre muita pista, cria muita lateralidade e muita profundidade no seu jogo, e acabou por encurtar distâncias e a colar no marcador», referiu Paulo Freitas.
«Voltámos a estar por cima e voltou a Argentina a estar por cima. E num momento do jogo em que este estava muito repartido, acabámos por numa ação específica de 4 contra 5, por levar com um golo de um sítio que não podemos levar. Porque é um tiro exterior. Vamos perceber onde é que falhámos, para não voltarmos a cometer esse erro», frisou o técnico nacional.
«Mas também realçar que acho que foi um grande jogo e também não tenho dúvidas de que gostaram da nossa prestação. Acima de tudo, marcámos uma posição muito clara. Estamos aqui com objetivos bem definidos, nada está perdido, cabeça levantada, seguimos em frente», concluiu.