Selecionador de Portugal Paulo Freitas: «Satisfeito porque... vencemos!»
Técnico reconheceu dificuldade do jogo com França, mas apontou alguns lapsos aos seus jogadores, principalmente no controlo emocional
O selecionador de Portugal de hóquei em patins, Paulo Freitas, analisou à vitória sobre França que permitiu a qualificação para as meias-finais do Mundial.
«Nós sabíamos que a França nos ia colocar muitas dificuldades. A França é uma excelente equipa, constituída por excelentes jogadores, com uma dimensão diferente em termos físicos com a qual não estamos habituados a lidar. Não é por acaso que os quatro jogadores que entram de início na França jogam no campeonato português e, portanto, estão muito rotinados e conhecem muito bem a equipa portuguesa», declarou o técnico.
«Acima de tudo, nós estamos satisfeitos com uma coisa: o resultado, por termos vencido. Nós tínhamos de ser – permitam-me a expressão – animais competitivos, dentro das leis do jogo, obviamente, mas tínhamos de passar essa mensagem porque a França é muito assim, e nós tínhamos de igualar esse registo. Satisfeitos porque ganhámos, porque demos mais um passo em frente, porque ganhámos mais uma final. E, acima de tudo, muito confiantes e preparados já para disputar as meias-finais», continuou.
«Queremos obviamente seguir em frente. [Sobre o livre direto de que a França beneficiou a 33 segundos do final, com a bola a ir ao poste] Estava muito tranquilo, porque também senti que os astros estavam alinhados, hoje de uma forma diferente do jogo com a Argentina [quando Portugal sofreu golo a 12 segundos do fim]. Houve se calhar falta de controlo emocional, depois de estarmos a ganhar 3-1 e em superioridade numérica. Cometemos erros nesse momento do jogo, não podemos fazer faltas estando em superioridade numérica, e depois, como se costuma dizer na gíria, acabámos por nos pôr a jeito.[perspetivando o jogo das meias-finais, no sábado]», afirmou Paulo Freitas.
«Espero uma Espanha diferente, obviamente, da seleção francesa, com um conjunto de dificuldades diferentes, mas também com um conjunto de oportunidades diferentes. Posso dizer-vos que não pensei minimamente na Espanha. O nosso foco tinha que estar [no jogo de hoje] e eu próprio não me podia dispersar, até pelo respeito que esta equipa [França] merecia. Tenho estado a observar, naturalmente, tenho visto jogos da Espanha, conheço bem a dinâmica do seu treinador, já fomos adversários e já nos defrontámos muitas vezes, conheço a sua mentalidade, a sua forma de jogar. Portanto, a partir de agora, é chegar ao hotel e começar de imediato a trabalhar para passar um conjunto de informação de qualidade aos atletas», concluiu o selecionador.