Râguebi: Portugal não será esquecido

Exibições heróicas dos lobos no Mundial-2023 destacadas. Estreitar o fosso entre nações é o objetivo da organização mundial da modalidade

A histórica participação da seleção portuguesa no Campeonato do Mundo continua a ser escrita (apesar da eliminação na fase de grupos). «Quero garantir a todos que Portugal, Samoa, Tonga, Uruguai, Chile ou Geórgia podem já ter saído [do Mundial de França-2023], mas certamente não serão esquecidos», garantiu Bill Beaumont, Chairman da World Rugby.

Na 4.ª conferência semanal do Mundial, evento que antecedeu o lançamento dos quartos de final da competição, a primeira vitória portuguesa num Campeonato do Mundo mereceu rasgados elogios de Jacques Rivoal, Chairman do França-2023, e de Michel Poussau, diretor da competição. «Quero prestar uma especial homenagem às exibições de algumas nações, em especial a Portugal, que alcançou a primeira vitória de sempre no domingo contra a seleção apurada para os quartos de final, as Ilhas Fiji», disse Michel Poussau.

«Quero prestar uma especial homenagem às exibições de algumas nações, em especial a Portugal, que alcançou a primeira vitória de sempre no domingo contra a seleção apurada para os quartos de final, as Ilhas Fiji», afirmou Michel Poussau.

Continuou virado para a Seleção Nacional. «Observámos grandes exibições heróicas de algumas das nossas nações, um dos melhores exemplos é Portugal, que foram não só heróicos nos jogos que perderam, como conseguiram melhorar e bater as Fiji», destacou.

As prestações dos lobos, seleção do tier 2, frente ao País de Gales (três vezes semifinalista) e à bicampeã mundial Austrália, peso-pesados do tier 1 (1.ª divisão do râguebi mundial), não passaram despercebidas aos responsáveis pela organização dos eventos mundiais de râguebi. Com naturalidade, assumem ter passado para o topo da agenda a procura em estreitar a distância hierárquica entre seleções e tornar a modalidade mais competitiva.

«A World Rugby está comprometida em reduzir o fosso e tudo o que fazemos é norteado por aumentar a competitividade, não só durante o Mundial, mas para todas as competições que organizamos», anunciou o diretor do Mundial França-2023 na conferência de imprensa, em Paris. «Tudo o que fazemos é para estreitar esse fosso. Com o investimento que fazemos, as competições que organizamos ou apoiamos, estamos a fazer tudo para reduzir, cada vez mais, essa distância», salientou. Michel Poussau disse ainda que, por via da redução do fosso entre seleções, estão a ajudar as equipas a terem «mais jogos, jogarem contra mais nações».

«A World Rugby está comprometida em reduzir o fosso e tudo o que fazemos é norteado por aumentar a competitividade, não só durante o Mundial, mas para todas as competições que organizamos», continuou Michel Poussau

A organização mundial procura apoiar as nações em desenvolvimento «através de ajuda financeira, programas de treinadores e arbitragem e logística», referiu. «Tudo isto relacionado com a discussão sobre calendário e a possibilidade destas equipas jogarem jogos de alto nível mais vezes», reforçou, remetendo novidades para breve.