Ninguém trava o tricampeão!
Benfica ganha o primeiro dérbi lisboeta da temporada com pesada vitória sobre o Sporting por 81-64 à 10.ª jornada da Liga Betclic. Desfecho que mantém o conjunto de Norberto Alves imbatível há 27(!) jogos consecutivos para o campeonato, contando com a época passada e o 'play-off'.
No aguardado dérbi de Lisboa que marcava a 10.ª jornada da Liga Betclic, havia expectativa quanto à capacidade do Sporting para conseguir complicar a caminhada do Benfica no campeonato e, quem sabe, fazer aquilo que ainda ninguém conseguiu, quebrar a invencibilidade que vem desde a temporada passada e ia em 26 jogos.
Afinal não. Nem de raspão tal esteve perto para acontecer. As coisas começaram a descambar ainda no final da 1.ª parte e terminaram com a vitória das águias por esmagadores 81-64 (22-22, 19-13, 24-12, 16-17). Isto depois de se ter chegado a verificar a diferença de 24 (81-57) a 1.19m do apito final, após o último cesto de Thomas Drechsel (4 res, 3 ass, 2 rbl), o melhor marcador da partida com 23 pontos. 18 obtidos ainda no 1.º tempo.
Foi o extremo americano que catapultou o conjunto de Norberto Alves para a liderança definitiva ao marcar 9 pontos consecutivos num parcial de 10-2 que fixou o resultado ao intervalo em 41-35.
Após no arranque do 2.º quarto os verdes e brancos terem mostrado algum ascendente numa sequência de 0-9 (27-32) em que Diogo Ventura (12 pts, 5 res. 2 ass, 4 rbl) e André Cruz procuram atacar o cesto para encontrar soluções face à fraca finalização da equipa e desinspiração dos homens grandes junto ao cesto, Drechsel reentrou com 6.14m para se jogar no período. Também ele apontou as armas ao cesto e o impacto fez-se sentir de imediato, da linha de lance livre (31-32), antes de converter os referidos 9 pontos consecutivos.
No início da 2.ª parte, Luís Magalhães procurou diminuir a influência de Thomas impondo uma defesa à zona box and one, com Ventura a policiar o homem que estava a fazer a diferença.
Norberto reagiu e fez entrar José Silva (12). A tática dos leões implodiu. Os quatro primeiros cestos do locais foram triplos com Silva, além de Aaron Broussard (14 pts, 9 res, 4 ass, 3 rbl), a ser outra opção para atirar para lá dos 6,75m. Rapidamente o fosso abriu-se aos 13 pontos (53-41) e Magalhães regressou à defesa individual, mas sem conseguir que a desvantagem se dilatasse.
Nesse período, o Benfica conseguiu cinco triplos, contra nenhum do adversário, e com mais dois no derradeiro quarto, terminou com 13/40 (32%) em lançamentos de três. Os de Alvalade com 5/23 (21%).
No entanto, só isso não explica o abismal desnível do placard. As águias levaram também a melhor na luta das tabelas: 49-45, com 28-21 ao intervalo. Só que, dos 28 ressaltos à ida aos balneários, 13(!) eram ofensivos, contra 9. A falta de bloqueios das tabelas e até de alguma agressividade defensiva, como dois contra um sobre a bola ou o portador desta antes do meio-campo, que costumam ser a imagem de marca dos conjuntos de Luís Magalhães, foram uma miragem.
Daí que o Sporting tenha começado a perder o jogo na defesa e acabado no ataque. A dada altura passou a ser difícil os seus jogadores recuperarem defensivamente após turnovers (15) ou lançamentos falhados enquanto no ataque, sobretudo no último quarto, a tática parecia ser: cada um por si. Raras jogadas foram finalizadas com princípio, meio e fim.
Já o Benfica, onde o coletivismo imperou, com o extra-passe à procura do melhor elemento para lançar e abrir buracos na área restritiva, além do desequilíbrio provocado por Drechsel e Broussard, foi o anular ofensivamente de figuras como Anthony Barber (10 pts, 3 res, 3 ass), Nick Ward (10 pts, 7 res) e Isaiah Armwood (7 pts, 8 res), Jeremiah Bailey (3 pts, 2 res) ou mesmo Cruz que ajudou a desconcertar o Sporting. Depois, os próprios jogadores leoninos trataram de destruir o resto.
Recorde AQUI todas as incidências do jogo
No outro encontro desta ronda, que começou no sábado com o Imortal-Galitos do Barreiro (71-69), a Oliveirense não teve dificuldade para bater o Póvoa por 92-53.