Museu LeBron James abre em Akron

Museu LeBron James abre em Akron

BASQUETEBOL25.11.202314:28

Tal como Cristiano Ronaldo, a superestrela da NBA decidiu criar um local na terra natal destinado aos fãs que costumam visitar a cidade e queiram ver artigos pessoais e momentos da sua vida e carreira mesmo antes de ter entrado para a Liga há 21 temporadas

«Sou apenas um miúdo de Akron», uma das frases que ficará para sempre ligada à carreira de LeBron James na NBA, assim como quando gritou: «Cleveland, isto é para ti!» depois de conquistar o único título dos Cavaliers em 2015/16, na segunda época após ter regressado dos Miami Heat, são momentos que vão poder ser revividos no ‘LeBron James Home Court’. Museu dicado àquele que é um dos melhores jogadores da história do basquetebol e que abre, este sábado, na terra natal do extremo.

Aos 38 anos e com 21 temporadas na Liga, mas continuando a bater recordes atrás de recordes nos Los Angeles Lakers enquanto espera que o filho mais velho Broony, de 19, saia da University of Southern California, em Los Angeles, no próximo verão, para ingressar na NBA e realizar o sonho de jogarem lado a lado, LeBron, tal como fez Cristiano Ronaldo em 2013, decidiu abrir um museu pessoal. Escolheu a pequena cidade onde nasceu e cresceu, a 60 km de Cleveland, para o colocar.

Apesar de viverem atualmente em Los Angeles, Akron continua a ser o centro da família James. Foi ali que, com a mãe Gloria, passou por momentos de grande privação desde que ela o teve aos 16 anos como mãe solteira. Passaram por várias habitações de bairros sociais, sobretudo depois de a avó materna ter morrido quando ele tinha três anos e foram obrigados a abandonar a casa onde residiam. Até aos 5 anos LeBron mudou sete vezes de casa e chegou mesmo a viver com uma família adotiva porque a mãe e os dois irmãos desta não tinham dinheiro para pagar o aquecimento no inverno. 

Se King James tem a famosa tatuagem nas costas, de ombro a ombro, Choosen 1 (O Escolhido) – feita quando ainda andava no liceu e após ter sido, em 2002, capa da revista Sports Illustrated com esse título, Gloria gravou na pele Queen James. 

Ambos tinham muito para desejarem ficar longe de Akron, mas nunca saíram e é lá que sediaram a Fundação da Família LeBron James, que apoia e têm várias obras sociais. O quatro vezes campeão da NBA e 19 All-Star paga bolsas de estudo na Universidade de Akron, e abriu, em 2018, a I Promise School (Escola Eu Prometo). Escola preparatória pública para ajudar os mais carenciados a seguirem os estudos.

A esta seguiu-se o Instituto I Promise na Univ. de Akron, o complexo de casas I Promise e até um centro médico. Agora, ano e meio depois do projeto ter sido anunciado, chegou a vez do museu destinado aos fãs. Afinal, muitos acorrerem à cidade apenas por LeBron lá ter nascido e vivido, mesmo depois de ingressar nos Cavaliers em 2003/04, como n.º 1 do draft e vindo diretamente do liceu. 

O preço das entradas são 23 dólares (21 euros) para que seja o mesmo número com que sempre jogou nos Cavaliers e parte das épocas em que tem atuado nos Lakers. Já as receitas, serão dirigidas para outra das suas obras sociais, esta de apoio a famílias, James’ House Three Thirty, onde também, na cave, fica o museu. 

«O meu sonho sempre foi colocar Akron no mapa, por isso ter um local na minha cidade natal que me permite partilhar a minha jornada com os meus fãs de todo o mundo significa muito para mim. Tenho sido conhecido por guardar muitas coisas ao longo dos anos e sempre soube que haveria um momento e local de as mostrar», justificou o três vezes medalhado olímpico, duas como campeão, quando anunciou a abertura onde se poderá ver uma série de peças e artigos pessoais desde que jogava no liceu St. Vincent-St. Mary e fez com que os seus encontros tivessem transmissão televisiva a nível nacional – nunca antes acontecera -, até às recordações na NBA e na seleção dos Estados Unidos, por quem também ganhou o bronze num Mundial. 

A passagem pelo liceu tem tal significado, alguns dos seus melhores amigos continuam a ser os seus ex-colegas de equipa com que formava o cinco inicial, que há uma réplica do balneário da escola e do pavilhão – com um aro original e o placard, assim como do apartamento n.º 602 de Spring Hill, onde mais tarde viveu com a mãe e que terá a televisão que guardaram. 

Mas, entre as peças do museu, nem falta o famoso fato branco com que apareceu no draft de 2003 e as mais variadas camisolas que envergou desde o a escola, passando pelo torneio nacional liceal McDonald’s All-American, as com que conquistou títulos na NBA, foi All-Star e membro da seleção dos Estados Unidos, como as botas calçadas em importantes momentos.

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