Meia hora de magia no Porto

FC Porto, que ao intervalo perdia por seis, derrotou (32-31) o GOG na sexta jornada do grupo B da Liga dos Campeões

Aos saltos na tradicional roda triunfal como se a Liga dos Campeões tivesse acabado de ser conquistada no Dragão Arena, os jogadores do FC Porto celebraram em euforia o regresso às vitórias no grupo B e logo num duelo de nervos com os dinamarqueses do GOG que chegaram intervalo a ganhar por seis golos (15-21), mas perderam por 32-31 nos segundos finais.

Todavia, o guarda-redes Nikola Mitrevski foi o mágico de serviço, sobretudo nos últimos 30 minutos, e os campeões nacionais somaram a terceira vitória na 6.ª jornada. Frente aos nórdicos que apenas tinham perdido nesta temporada europeia com o Barça, recordista de títulos na Champions, os homens de Carlos Resende entraram melhor por intermédio de Jakob Mikkelson, que foi um mais ativos na 1.ª parte, com quatro dos cinco golos assinados, e do jovem espanhol Antonio Martínez.

No entanto, o lateral-direito Emil Madsen, que é uma das estrelas do GOG e contribuiu com meia dúzia de golos para as contas dinamarquesas, bem como Aaron Mensing que, uma mão cheia deles, continuou a cimentar o estatuto de melhor marcador da equipa na competição, aliados ao exímio guardião Tobias Thulin, depressa fizeram o GOG chegar ao equilíbrio (3-3) e, aos 10 minutos, à primeira supremacia (6-7).

A defesa  azul e brancos arrefeceu, servindo para o GOG aquecer motores para se distanciar no marcador. Apesar da paragem pedida por Resende para acalmar os ânimos, os números dos gigantes que vieram do frio continuaram a aumentar no marcador e o intervalo chegou com o FC Porto a perder.

Em desvantagem, mas não derrotado, Resende tinha um trunfo na manga: o macedónio Mitrevski que tomou a baliza que Diogo Rêma guardara com zelo, mas não com a mesma eficácia. A fazer magia em seis defesas nos quatro minutos iniciais da segunda parte, o guardião com pernas elásticas foi preponderante para a recuperação dos campeões nacionais.

Com um parciail de 3-0, o FC Porto chegou ao 18-21, alinhou-se com a defesa obrigando os jogadores do GOG a batalhar durante cinco minutos até marcarem no segundo tempo. Aos nove minutos de jogo, Mitrevski já levava o mesmo número de defesas (75% de eficácia) e no Dragão Arena o acreditar tornou-se a única palavra de ordem.

Nikolaj Laeso marcou o golo que deixou o FC Porto a perder por um (22-23), a 10.ª defesa de Mitrevski chegou antes do empate a 27-27 por Pedro Valdés e, ao minuto 56, Diogo Oliveira acertou os ponteiros da vantagem da casa (30-29) que seria fixada por Fábio Magalhães com o 32.º golo de uma noite para lembrar.