Ténis Francisco Cabral a A BOLA: «A relva de Wimbledon é claramente diferente das outras»
Nuno Borges faz a estreia das cores portuguesas em Wimbledon, esta terça-feira, no segundo embate do court 14 do All England Club diante do argentino Francisco Cerundolo, 18.º designado. Mas não é o único tenista nacional em prova no Grand Slam da relva, embora Francisco Cabral, n.º 1 luso de pares, ainda não tenha oficialmente determinado quando inicia a participação no quadro da variante na qual terá o brasileiro Rafael Matos por parceiro.
«A adaptação à relva tem sido boa. A relva aqui, em Wimbledon, é claramente diferente da relva dos outros torneios em que jogámos. A qualidade da relva nem é sequer comparável, parece que é um bocadinho mais fácil jogar ténis nela. O ressalto é mais regular e a relva é tratada de forma muito, muito melhor do que nos outros torneios. Tem sido uns dias de boas sensações, mas ainda temos uns dias de preparação», declarou a A BOLA o portuense, 49.º mundial das duplas, que leva dois títulos ATP – no Millennium Estoril Open com Nuno Borges por parceiro e no ATP de Gstaad no qual partilhou raquetas com Tomislav Brbik – e uma final já discutida em 2023 em Banja Luka, formando par com Aleksandr Nedovyesov.
Na relva, Cabral que, o ano passado jogou em Wimbledon com Nuno Borges, tem os quartos de final no ATP de Maiorca como melhor resultado ao lado de Matos, depois de desaires nas rondas inaugurais no ATP 250 de Estugarda e no Challenger de Ilkley. «Eu estou bem fisicamente, o Rafa também, acho que temos tudo para chegar na máxima força ao encontro da primeira ronda. Nesse dia logo se vê. Os nossos adversários também vão querer ganhar e vão fazer tudo para consegui-lo, tal como nós. Ganhará quem jogar melhor e ganhar os pontos importantes», articulou Francisco Cabral sobre o duo britânico formado por Liam Brody e Jonny O’Mara, convidados da organização.
O fator casa da dupla adversária e os recentes resultados deixam o português em alerta para a competição de pares que arranca esta quarta-feira. «São uma dupla que entrou com wild card em que os jogadores já se conhecem muito bem. São bons amigos e obtiveram bons resultados na relva este verão. Acho que até ganharam um Challenger de 125, bastante forte. São uma dupla muito perigosa e vamos ter de jogar ao nosso melhor se quisermos ter as nossas hipóteses», analisou o português, com a lição bem estudada, dado que o par britânico conquistou o challenger de Surbiton e foi finalista em Nottingham na preparação para o Grand Slam da relva.