FC Porto mantém-se líder e imbatível na Dragão Arena
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FC Porto mantém-se líder e imbatível na Dragão Arena

BASQUETEBOL20.04.202417:41

Azuis e brancos apenas cederam a liderança do marcador uma vez e permitiram duas igualdades, Tanner Omlid e Cleveland Melvin foram as figuras da vitória

Com uma vitória por 86-72 (23-17, 18-22, 26-22, 19-11) no aguardado clássico contra o Sporting a contar para a 21.ª e penúltima jornada da Liga Betclic, o FC Porto não só garantiu que mantém o comando do campeonato defendendo o factor casa para o play-off, como conservou a invencibilidade na Dragão Arena frente a adversários domésticos e igualou o confronto face aos leões esta época (2-2) após dois embates para a Liga, um da Taça de Portugal e outro da Taça Hungo dos Santos.

Encontro em que ambas as equipas apostaram, desde cedo, no lançamento de longa distância, no entanto, era de baixo do aro, na luta por ganhar espaço para lançar ou dos ressaltos, onde se fixou a intensidade e dureza defensiva desde cedo do embate. Apesar da ausência de três dos seus mais importantes elementos, os verdes e brancos acabaram por conseguir equilibrar a luta das tabelas: 33 (12 of.)-34 (15).

O que não lograram, apesar da preocupação, desde cedo, de Pedro Nuno Monteiro em rodar o banco e por vezes montar uma defesa zona 2x3 para complicar o ataque ao adversário, foi manter a resistência física e frescura até ao fim.

Tendo apenas liderado numa única ocasião (1-2) e chegado à igualdade em duas (10-10, 43-43), a única vez que os portistas fugiram um pouco mais no marcador na 1.ª parte foi antes do final do quarto inaugural. Momento em que Tanner Omlid (24 pts, 10 res, 3 ass, 5 rbl) começava a destacar-se, juntamente com Cleveland Melvin (22 pts, 5 res), como mais eficazes entre os donos da casa.

No entanto, Pedro Nuno fez entrar Carlos Cardoso (15 pts, 3 ass) e este, com 7 pontos consecutivos, incluindo um triplo, reduziu a diferença para 23-17 na passagem para o 2.º quarto, onde o equilíbrio foi quase sempre constante e Rasaq Yussuf (7 res) fez a diferença para o Sporting dentro da área restritiva ao assinar 10 dos seus 22 pontos.  

Com os visitantes a entrarem melhor na 2.ª parte e a chegarem a 43-43 antes de uma louca sequência de cinco triplos consecutivos, três por parte dos homens de Fernando Sá, que deixaram o resultado em 54-49, a falta de oxigénio para tão frenética partida viria a marcar o início da quebra do Sporting.

Apesar de 4 pontos de Yussuf terem reduzido o fosso no placard a um (54-53), Miguel Queiroz (7 pts, 4 res) e Phillip Fayne (8 pts, 7 res), voltaram a ampliar a vantagem a 8 (61-53) num momento em que os forasteiros ficaram cerca de 1 minuto com dificuldades criar boas oportunidade nos ataque.

Porém, foi já no 4.º período, que um parcial de 10-0 (80-66) em 3m e ainda com 5m para se gastar no cronómetro que os dragões deixaram a descoberto a desorientação e falta de frescura física e mental dos de Alvalade, ao que se seguiu uma quebra de qualidade do basquetebol de ambos e com os técnicos a aproveitarem para colocar em campo quem ainda não entrara para evitar surpresas desagradáveis.

Estava resolvido. A uma jornada do fim da fase inicial o FC Porto deu um passo praticamente decisivo para manter o factor casa todo play-off, mas tendo ainda que ir a Angra do Heroísmo derrotar o Lusitânia, pois mantém-se em igualdade com o Benfica, a 38 pts, no topo da tabela, só que com vantagem no desempate.

Isto porque as águias esmagaram o CD Póvoa na Luz por 101-77, enquanto a Oliveirense aproveitou o desaire do Sporting e a vitória face ao Portimonense por 78-73 para reforçar o 3.º posto e deixar os leões em 4.º.  

Até ao momento, esta época o FC Porto tinha desvantagem de 2-1 no confronto com o Sporting face às derrotas na Liga (83-79) e Taça Hugo dos Santos (81-71), e tendo apenas ganho nos quartos de final para a Final Four da Taça de Portugal (81-79), que, dois meses depois, os homens de Fernando Sá viriam a conquistar.

Revelando um todo-o-terreno, mas desequilibrando sobretudo na defesa ao limitar o adversário, não só no lançamento como na rotação de bola, Omlid foi a figura maior da partida, contudo, Melvin não se ficou atrás, sobretudo no ataque onde há destacar os 6/8 em lançamentos de três pontos, aspecto em que os dois conjuntos também se equilibraram: 11/25 (44%)-10/24 (41%).