E se LeBron 'comprar' os Celtics?

Dois grupos económicos, um tem o Liverpool o outro o Milan, já associados à estrela dos Lakers, desejam comprar os campeões da NBA, que estão à venda desde junho. James não poderá jogar e ser acionista

E se LeBron James, que desde há seis temporadas se tornou na principal estrela dos Los Angeles Lakers, se tornasse num dos donos, ainda que minoritário, dos Boston Celtics? Como seria esta passagem entre os dois clubes com a mais acérrima rivalidade da NBA? Ele que, durante épocas seguidas, nos Cleveland Cavaliers e Miami Heat, eliminou sucessivamente o conjunto de Boston no play-off.

Esta foi a possibilidade que passou a existir depois de se saber que o poderoso Grupo Fenway Sports, detentor dos Boston Red Sox, assim como do mítico estádio onde estes atuam, Fenway Park, o mais antigo da liga de basebol (MLB), mas também de outras equipas e instalações desportivas, como o Liverpool e o estádio de Anfield na Premier League, está interessado em comprar os Celtics.

Ora, se LeBron é sócio minoritário do Grupo Fenway Sports, terá cerca de 2 por cento, isso poderia torná-lo-ia também dono dos Celtics.

Mas, entretanto, o grupo RedBird Capital, que no futebol tem o Milan e o Toulouse, assim como a equipa de fórmula 1 Alpine e, quem diria, possuiu quota no Grupo Fenway Sports, estará igualmente interessado a entrar na corrida e não afasta a hipótese de integrar LeBron como sócio, até porque já têm negócios associados.

Recorde-se que, cerca de duas semanas depois do Celtics, onde atua o português Neemias Queta, terem conquistado o 18.º título da Liga, mais um que os Lakers, a Boston Basketball Parteners L.L.C., empresa que controla o clube e é liderada por Wyc Grousbeck e detida também por Steve Pagliuca, surpreendeu tudo e todos ao anunciar a intenção de vender toda a sua quota e o desejo que grande parte da parcela, algo como 45 por cento, seja transferida ainda em 2024 ou no início de 2025 num negócio para ficar concluído apenas em 2028.

Comprado em 2002 pelo Boston Basketball Parteners por meros 360 milhões de dólares (336 milhões), a última avaliação feita aos Celtics pela Forbes, em dezembro de 2023, foi de 4,7 mil milhões (4,39 mil milhões). No entanto, até por causa dos novos contratos de transmissão dos jogos conseguidos pela NBA que poderão trazer 100 mil milhões de receitas, acredita-se que Boston possa atingir os 6 mil milhões (5,49 mi milhões).

Pelo meio duas certezas. Enquanto atuar na Liga, e ainda agora renovou por duas temporadas com os californianos, LeBron não pode ser acionista de nenhum clube. Razão que obrigou Magic Johnson e Michael Jordan venderem as quotas quando regressaram, respetivamente, nos Lakers e Wizards.

A outra, é verdade que o quatro vezes campeão nunca escondeu o desejo de ser proprietário de um clube, só que estará mais virado para aquela que deverá surgir em Las Vegas — Shaquille O’Neal também a deseja — quando houver uma expansão da Liga dentro, provavelmente, dois/três anos.

Curioso, tanto o Fenway Sports como o RedBird Capital já haviam mostrado interesse o clube de Las Vegas, até porque ambos investiram, em 2021, na The SpringHill Company, uma das empresas fundadas por James.