Rui Costa campeão nacional de fundo
Rui Costa impõe-se a Rui Oliveira no final da subida para o Castelo de Santa Maria da Feira (FPC)

Rui Costa campeão nacional de fundo

CICLISMO23.06.202417:11

O corredor, de 37 anos, foi o mais forte na subida para a meta, no Castelo de Santa Maria da Feira, consagrado-se pela terceira vez na corrida de fundo

Rui Costa sagrou-se campeão nacional, este domingo, em Santa Maria da Feira, o terceiro título de fundo na categoria de elite do corredor, de 37 anos, da equipa norte-americana EF Education-EasyPost, após as conquistas em 2015 e 2020.

 O ciclista de Aguçadoura, Póvoa de Varzim, foi o mais forte na subida para a meta, no Castelo de Santa Maria da Feira, no final de um percurso de 164,1 quilómetros.

Rui Oliveira (UAE Emirates), foi segundo classificado, a dois segundos do vencedor, e Luís Gomes (Gi Group Holding-Simoldes) fechou o pódio, a 11 segundos, repetindo as posições da edição transata do Campeonato Nacional.

A leitura de corrida, por Rui Costa, foi essencial para a vitória. «Já vim com uma ideia da tática. Sei quão complicado é correr em Portugal. No WorldTour estamos habituados a corridas muito controladas e isso aqui não acontece. A UAE Emirates teve três elementos e eu tinha de fechar o espaço para eles, porque não queria perder o campeonato nos primeiros quilómetros. Desgastei-me, mas foi fundamental, pois permitiu-me disputar o título no fim», conta o novo campeão nacional de fundo, referindo-se aos ataques dos irmãos Ivo e Rui Oliveira a cerca de 50 quilómetros da chegada. «As pernas responderam da melhor maneira na parte final. Sabia que o Rui [Oliveira] estava bem e sentia-me um bocadinho reticente, mas também sabia que tinha de dar o meu melhor para conquistar este título que tanto orgulho me dará levar além-fronteiras», referiu Rui Costa.

O experiente corredor, que esta temporada se transferiu para a EF-Education, regressa aos êxitos após um início de época marcado por uma queda grave na Volta ao Algarve, de que resultou fratura da omoplata que o forçou a alguns meses sem competir. «Como se costuma dizer, há situações que às vezes vêm por bem. Claro que ninguém quer cair e foi um momento complicado. Não foi fácil sair da situação, mas o foco foi recuperar e hoje aqui estou eu, com mais um título nacional. Se olho para trás, vejo o lado positivo desta história. Talvez tenha acontecido por algum motivo», reflete o campeão mundial em 2013, que agora aguarda por um telefonema traga uma boa notícia: «Estou à espera que a equipa indique os oito para o Tour, queria estrear lá a camisola de campeão».