VOLTA A ESPANHA Primoz Roglic ganha tempo para a vermelha mas está cauteloso: «Domingo, talvez perca tempo»

Esloveno venceu a 8.ª etapa, com final na Serra de Carzola, o seu segundo êxito nesta edição, e reduziu a desvantagem para o líder Ben O'Connor para 3.49 minutos

Primoz Roglic conquistou a segunda vitória nesta edição da Volta a Espanha e já recuperou, em duas etapas, 1.02 minutos para o líder da classificação geral, Ben O'Connor. Na sexta-feira, na etapa 7, o esloveno tinha ganho seis segundos ao australiano na meta de montanha bonificada e este sábado somou-lhe 46 segundos na estrada, acrescidos de 10 de bónus pelo triunfo, num total de 56, ao triunfar na Sierra de Carzola, ao oitavo dia da Vuelta.

O atraso do corredor da Red Bull-Bora para o detentor da camisola amarela passou a ser de 3.49 minutos, na véspera da uma jornada do primeiro dia de descanso da prova que se antevê a mais dura da semana inicial desta edição da Vuelta.

Impressionante, ontem, na última subida, Sierra Cazorla, Roglic atacou e contra-atacou e só não conseguiu distanciar o espanhol Enric Mas (Movistar), batendo-o apenas no sprint final. Todavia, apesar de um dia em cheio, em que viu um dos seus principais rivais, João Almeida, descambar na classificação, o segundo da geral e três vezes vencedor da corrida espanhola (2019-21), como é seu apanágio, teve discurso contido após a etapa.

«Amanhã [hoje] talvez perca tempo. Quem sabe se não serei eu a perder tempo», declarou o esloveno. «Vou dar o meu melhor, isso é certo, mas todos os dias são muito exigentes, veremos como compensarei todo este desgaste, estas solicitações a que o meu corpo tem estado e estará sujeito, principalmente depois de um período difícil devido à lesão. Veremos, por enquanto iremos aproveitar», acrescentou.

«Na verdade, tive muitas dores nesta etapa, esteve muito calor», disse Roglic. «No entanto, na subida final a oportunidade surgiu e aproveitei-a. Ataquei e felizmente tive pernas para vencer. Foi bom porque reduzi a desvantagem para Ben O'Connor, mas amanhã [hoje] será outro dia, e diferente», anteviu o esloveno de 34 anos.