Pogacar e o ataque tardio na 3.ª etapa do Giro: «Foi como uma saída em grupo de amigos»
O esloveno atacou numa ligeira subida no final da etapa e com Geraint Thomas estiveram perto de discutir entre ambos a vitória
Tadej Pogacar não se dá por satisfeito com a camisola rosa. Quer mais. E à falta de montanha para exprimir o seu talento, coloca-se à prova em pequenas subidas, como a derradeira da etapa nesta segunda-feira, a 3.ª etapa da Volta a Itália.
A três quilómetros da meta em Fossano, o dinamarquês Mikkel Honoré (EF Education Easy-Post) atacou no final da referida ascensão (1,8 km a 4,2%) e Tadej Pogacar não se fez rogado e decidiu segui-lo, levando na sua roda o segundo classificado da geral, Geraint Thomas (INEOS Grenadiers). O trio ganha cerca de 200 metros de vantagem sobre o pelotão liderado pelas equipas dos velocistas, que lhes preparavam o sprint final.
Às tantas, Honoré não resiste ao ritmo de Pogacar, já em terreno plano, que não se detém, sempre com Thomas atrás de si. Uma corrida de gato e de rato rumo à meta, até que, por fim, o esloveno cedo à fadiga e à iminente chegada do pelotão, furioso atrás do duo ilustre, a menos de 200 metros do final.
A etapa é, então, decidida em sprint, com vitória de Tim Merlier (Soudal Quick-Step), mas Tadej Pogacar foi mais uma vez… figura.
«Estivemos duas horas tranquilos no pelotão», começa por contar o líder da UAE Emirates, após a etapa. «Na última subida, houve o ataque do Mikkel Honoré, seguiu-o e reparei que tínhamos uma ligeira vantagem. Por isso, mantive o esforço. É melhor estar na frente do que ficar no pelotão. Nunca acreditei que fosse uma etapa que pudesse vencer. Faltaram-me apenas 400 metros, creio [n.d.r. foram menos de 200], mas é uma distância tão longa naquelas situações», disse Pogacar.
«Foi um pouco como uma saída em grupo com amigos, em que nos atacamos no plano e em pequenas subidas! Mas foi é um belo esforço, foi bom colocar algum esforço nas pernas», declarou o imparável líder da Volta a Itália.