Pogacar e a liderança do Giro: «Vestir a camisola rosa era um sonho»

Esloveno ascendeu à liderança da Volta a Itália na segunda etapa, que venceu isolado em local célebre da prova, o Santuário de Oropa, onde se consagrou Marco Pantani em 1999

Após ter falhado a vitória na primeira etapa da Volta a Itália, e consequente o assalto à camisola rosa, na véspera, pelo surpreendente equatoriano Jonathan Narvaez, Tadej Pogacar redimiu-se este domingo, ao vencer no topo do Santuário de Oropa, no final da segunda jornada da prova.

O esloveno ainda teve sobre o triunfo, previsível, algum dramatismo, quando foi vítima de furo seguido de queda um pouco antes da ascensão, forçando-a a recuperar para o pelotão em pouco tempo, mas cumpriu as expectativas, atacou e impôs-se à concorrência.

Replicando a célebre vitória de Marco Pantani em 1999, naquele local, o líder da UAE Emirates entrou igualmente na elite de vencedores de etapas nas três grandes voltas. «Era um dos meus sonhos, depois de ter vencido no Tour», confidenciou Pogacar, antes de explicar as incidências do êxito que acabara de alcançar.

«[Após o furo e a queda] Permaneci bastante calmo. Bati num buraco na estrada. A roda partiu-se também, creio. Só fiquei um pouco confuso porque queria parar [para trocar a roda] antes da curva e não depois. Mas, no carro gritaram que tinha de ser depois… Por isso fiquei confuso, mas não foi nada sério. A equipa fez um bom trabalho a ajudar-me a recuperar a posição no pelotão».

E acrescenta: «O plano era atacar entre o km 4,5 e 3,5. Não conheço muito bem a subida e os meus companheiros também não. Foi difícil saber onde deveria acelerar. Apesar de tudo, saiu bem. Queria testar as pernas», afirmou Pogacar.

«Era um sonho vestir a camisola rosa. A partir de agora, a equipa já pode ficar um pouco mais tranquila, porque as etapas são mais planas, teremos de zelas pela nossa segurança nos sprints finais», conclui o líder da classificação geral.