Ciclismo Pelotão com portugueses na Volta às Astúrias
A Volta às Astúrias é das competições mais antigas do calendário espanhol e que tem promovido a região com o slogan de «Paraíso Natural», que reflete perfeitamente o que o principado transmite através das montanhas verdes, da beleza das aldeias e da bravura do mar Cantábrico.
Na edição desta ano, que se vai realizar entre 28 e 30 deste mês, participam a Efapel e Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, pela NSJBI-Victoria vão estar presentes André Cardoso, Márcio Barbosa e José Mendes.
Nas Astúrias não se pode perder a passagem por Covadonga que reúne a história prodigiosa da região, visitar o Santuário, a Caverna Sagrada de “Santina” (Virgem de Covadonga), capela em estilo romântico e a imponente Basílica. No Parque Nacional Picos da Europa estão situados os Lagos de Covadonga que se tornaram famosos no ciclismo por receberem finais de etapa da Volta à Espanha, com empolgantes batalhas nas subidas que se iniciam em Cangas de Onis.
A Volta às Astúrias teve a primeira edição em novembro de 1925, o vencedor foi o espanhol Segundo Barruetabeña, seguido de Víctor Rojo e Angel Manuel Castro.
Na corrida que teve várias interrupções ao longo dos anos, existem nomes com história no ciclismo mundial, Federico Bahamontes vencedor em 1955 e 1957, Jesus Manzaneque 1968 e 1973, Pedro Muñoz em 1983, Alex Zulle em 1992,Abraham Olano em 1994, Miguel Indurain em 1996, Laurent Jalabert em 1998, Óscar Sevilla em 2006, Hugh Carthy em 2016, Richard Carapaz em 2018 e 2019, Nairo Quintana em 2017 e 2021 e Ivan Sosa em 2023, o primeiro estrangeiro a vencer a competição foi o alemão Rolf Golz em 1988.
Na vasta legião portuguesa que correu nas Astúrias, os melhores portugueses foram Tiago Machado em segundo lugar em 2009, atrás de Francisco Mancebo, Sérgio Sousa também em segundo lugar por desclassificação de Constantino Zaballa por doping, com vitória de Javier Moreno.
Na terceira posição classificaram-se, José Martins em 1974, Bruno Pires em 2008, Hernâni Broco em 2011, João Benta em 2017 e Ricardo Mestre em 2018. Hernâni Broco e João Benta tinham terminado em quarto lugar, subiram uma posição devido à desclassificação por doping do já citado Constantino Zaballa e de Raul Alarcon cuja vitória foi atribuída a Nairo Quintana.
Em 2003 a vitória pertenceu a Fabian Jeker ao serviço da Milaneza-Maia, em 2010 venceu Constantino Zaballa pelo Centro de Ciclismo de Loulé-Louletano e em 2017 Raul Alarcon pela W52-FC Porto, Zaballa e Alarcon foram desclassificados por doping.
O percurso com três etapas de média/alta montanha, apresenta duas contagens de 1.ª cat., três de 2.ª cat. e quatro de 3.ª cat. No primeiro dia a passagem pelo Alto de la Colladona de 1.ª cat. e a última contagem de 3.ª cat. no Alto de Carabanzo a 6 km da meta, devevão selecionar os candidatos.
Na 2.ª etapa a passagem por Vallado de 2.ª cat., antecede a subida com 8,5 km e desnível de 7,2% ao Alto del Acebo, seguindo-se uma descida muito acentuada para Cangas de Narcea onde a classificação geral deverá ficar ordenada. O percurso no último dia apresenta o menor grau de dificuldade, que obriga a equipa que esteja na posse da camisola azul de líder, a controlar a corrida até à meta na Calle Uria em Oviedo.
O colombiano Ivan Sosa vencedor da ultima edição lidera a Movistar, única equipa WorldTeams, completando-se o pelotão com dez ProTeams e cinco equipas Continentais.
ETAPAS
1.ª Etapa Oviedo – Pola de Lena 182,0 km
2.ª Etapa Candás – Cangas de Narcea 182,6 km
3.ª Etapa Cangas de Narcea – Oviedo 146,5 km
Total 511,1 km
EQUIPAS - 16
Movistar (Esp)
Bolton Equities Black Spoke (Nzl)
Burgos BH (Esp)
Caja Rural-Seguros-RGA (Esp)
Electro Hiper Europa (Esp)
Eolo-Kometa (Ita)
Euskaltel-Euskadi (Esp)
Kern-Pharma (Esp)
Q 36,5 (Sui)
Novo Nordisk (Usa)
TotalEnergies (Fra)
Aviludo-Louletano-Loulé Cancelho (Por)
Astana Qazaqstan Continental (Kaz)
Efapel Cycling (Por)
Global 6 (Nzl)
NSJBI-Victoria (Phi)