Paris 2024: «Havia vermes no peixe da aldeia olímpica», reclama Peaty

Nadador britânico que conquistou prata nos 100 m bruços validou algumas das queixas que o benfiquista Diogo Ribeiro já tinha feito

Quando se despediu dos Jogos Olímpicos de Paris, o nadador português Diogo Ribeiro mostrou-se desiludido com os resultados, mas também com as condições encontradas na aldeia olímpica, dizendo o benfiquista, na altura, que o melhor eram mesmo os transportes.

Na segunda-feira, foi a vez do britânico Adam Peaty colocar o dedo na ferida. «Eu quero comer carne, preciso de carne para me apresentar em condições, e é isso que eu como em casa, então por que tenho de mudar?», disse o nadador de 29 anos, que acusou Covid19 já em Paris, à imprensa britânica.

«A narrativa da sustentabilidade acabou por ser imposta aos atletas. Eu quero carne, preciso de carne para ter um bom desempenho e é isso que como em casa! Gosto do meu peixe e as pessoas estão a encontrar minhocas no peixe! Não é suficientemente bom. O padrão, estamos a olhar para o melhor dos melhores do mundo, e estamos a alimentá-los com o que não é o melhor. Só quero que as pessoas melhorem nas suas funções e trabalhos. E penso que é para isso que os atletas são a melhor caixa de ressonância», explicou o medalha de prata nos 100 metros bruços, citado pelo The Independent.

«O catering não é suficientemente bom para o nível que se espera. Temos de dar o melhor que pudermos. Em Tóquio, a comida era incrível, no Rio era incrível. Mas desta vez... não havia opções de proteínas suficientes, filas longas, espera de 30 minutos por comida porque não há sistema de filas. Mas foram sem dúvida os melhores Jogos em termos de envolvimento dos adeptos. Por isso, nunca haverá Jogos perfeitos», completou.