Nino Salukvadze é a primeira mulher a participar em 10 edições dos Jogos Olímpicos
Nino Salukvadze é a primeira mulher a competir em 10 edições consecutivas dos Jogos Olímpicos
Foto: IMAGO

Nino Salukvadze é a primeira mulher a participar em 10 edições dos Jogos Olímpicos

JOGOS OLÍMPICOS27.07.202416:15

Atiradora georgiana, 55 anos, estreou-se sob a bandeira da União Soviética em Seul1988

Quando entrou no campo de tiro para a prova de pistola de ar comprimido a 10 metros, Salukvadze inscreveu o seu nome na história olímpica, apesar de ter falhado (38.º) o acesso à final. A atiradora georgiana, de 55 anos, tornou-se na primeira mulher a competir em 10 Jogos Olímpicos, num percurso iniciado em Seul1988 a representar a extinta União Soviética.

A georgiana estreou-se nos Jogos com 19 anos, aparecendo como um prodígio que conquistou um ouro e uma prata logo na estreia. Ao longo dos últimos 36 anos, a atleta representou três seleções diferentes, começando em Seul1988 pela União Soviética, entretanto desagregada, em Barcelona1992 deu lugar à Comunidade de Estados Independentes (CEI) e agora Geórgia.

Ao longo destes anos, dois momentos, além das medalhas marcaram a sua carreira.

Em 2008, quando a Rússia invadiu a Geórgia durante os Jogos de Pequim, Salukvadze conquistou o bronze e, na cerimónia de pódio, decidiu abraçar a russa Natália Paderina, prata.

Voltaria a encher páginas quando, no Rio2016, integrou a primeira dupla mãe e filho a concorrer nos mesmos Jogos, quando Tsotne Machavariani também participou, igualmente na prova de tiro.

Após ter estabelecido já o recorde feminino de participações olímpicas em Tóquio2020, a competidora foi persuadida a continuar, pelo seu pai e treinador, Vakhtang, que faleceu este ano e voltará a entrar em ação ainda em Paris2024 na próxima sexta-feira, na qualificação de pistola a 25 metros.

Nino Salukvadze igualou o cavaleiro Ian Millar com o maior número de presenças olímpicas, mas detém o recorde de edições consecutivas, uma vez que o canadiano, olímpico entre 1972 e 2016, falhou Moscovo1980, por boicote do seu país.