Nélson Oliveira: «É o meu oitavo Tour, mas ainda quero ganhar uma etapa»

Nélson Oliveira, selecionado pela equipa espanhola Movistar, participará na sua 20.ª grande Volta. Corredor, de 35 anos, afirma que a preparação correu «muito bem». E assume objetivos individual e coletivo

Nelson Oliveira vai correr a oitava Volta a França na sua carreira com dois objetivos que persegue desde sempre, um pessoal e o outro coletivo. O corredor, de 35 anos, foi selecionado pela sua equipa, a espanhola Movistar, para a corrida francesa pela terceira vez consecutiva e ambiciona o mesmo que na estreia: vencer uma etapa e contribuir, com o seu trabalho, para a vitória do seu líder na classificação geral, metas que o português ainda não alcançou na Grande Boucle.

«Como sou, como se costuma dizer, um homem de trabalho, irei tudo fazer para ajudar o nosso líder Enric Mas a atingir a melhor classificação possível. Digo ‘possível’, porque os dois primeiros lugares parecem já destinados (risos) [referindo-se a Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, os principais candidatos à vitória final], mas o pódio ou, pelo menos, o top-10 cremos serem alcançáveis, porque o Enric [Mas] encontra-se bem fisicamente», começou por explicar a A BOLA o corredor natural de Anadia.

À oitava tentativa, Oliveira reassume: «Espreitarei oportunidades de vencer uma etapa. É o meu oitavo Tour, mas ainda quero ganhar uma etapa. Um dia poderá ser o meu dia… Haverá 21 dias para o tentar, mas 200 corredores no pico de forma também com esse objetivo. É difícil, porém, não será impossível», declara Nelson Oliveira, que tem um terceiro lugar como melhor classificação em etapa do Tour, em 2016, em ano de estreia pela Movistar, na 13.ª tirada, um contrarrelógio individual em que foi superado apenas por Chris Froome (2.º e futuro vencedor da geral) e o neerlandês Tom Dumoulin.

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Após as primeiras pedaladas no próximo dia 29, em Florença, na Grande Départ transalpina do Tour 2024, Nélson Oliveira igualará Acácio da Silva como o corredor português com mais presenças em grandes Voltas (20): oito Tours de França, três Giros de Itália e nove Vueltas a Espanha. Currículo vasto que o bairradino, já vencedor de uma etapa na Volta a Espanha, em 2015, considera constituir-lhe uma mais-valia.

«A experiência pode ser muito positiva, pois permite-nos melhorar com os erros. Não quer dizer que deixemos de cometer, mas dá-nos ensinamentos que nos são úteis», referiu, afirmando-se em forma e motivado para a corrida.

«Preparei-me bem, trabalhámos bem nos estágios, tudo correu como planeado pela equipa. Agora é competir, desejar que não tenhamos percalços ou quedas, porque chegar ao final do Tour, este ano não em Paris, mas em Nice, é sempre um dos objetivos»