10 agosto 2024, 17:57
Paris 2024: Iúri Leitão e Rui Oliveira campeões olímpicos em Madison!
Primeira medalha de ouro para Portugal fora do atletismo
O campeão olímpico de madison Iúri Leitão é o grande ausente dos Mundiais de Pista, que começam esta quarta-feira na Dinamarca. Assim, o seu parceiro dourado nos Jogos de Paris, Rui Oliveira, alinhará com o gémeo Ivo
A seleção portuguesa de ciclismo de pista está a postos iniciar a participação nos Mundiais, quarta-feira, em Ballerup, na Dinamarca. Três dos cinco corredores eleitos pelo selecionador Gabriel Mendes, Maria Martins, Daniela Campos e Diogo Narciso, realizaram esta, terça-feira, mais um treino no velódromo Ballerup Super Arena, palco da competição, aos quais que se juntarão, mais tarde, o campeão olímpico de madison, Rui Oliveira, que entra em ação apenas no sábado, e o seu irmão Ivo Oliveira, que tem a primeira prova na sexta-feira.
Na véspera das primeiras pedaladas em competição, Gabriel Mendes reitera os objetivos anunciados no dia em que deu a conhecer a convocatória, em que a ausência mais relevante é a de Iúri Leitão. O campeão olímpico de madison (em duo com Rui Oliveira) e campeão mundial de omnium em 2023, em Glasgow, na Escócia, além de medalhado de prata nesta disciplina nos Jogos de Paris-2024, não se encontra em condição física para o nível exigível nesta competição, devido a ter estado doente (virose) em meados de setembro, que já o impedira de participar no Europeu de estrada. Para substitui Iúri Leitão no madison com Rui Oliveira, avança o irmão gémeo deste, Ivo, dupla medalhada de prata nos Europeu de 2020, em Plovdiv, na Bulgária.
«O nosso compromisso, como em qualquer competição, é que os atletas deem o melhor, representando dignamente a equipa nacional. Queremos obter os melhores resultados possíveis. Estamos a disputar um Campeonato do Mundo e vamos dar o nosso melhor para discutir todas as provas», declarou o selecionador, citado pelo site da Federação Portuguesa de Ciclismo.
10 agosto 2024, 17:57
Primeira medalha de ouro para Portugal fora do atletismo
Portugal, que soma já seis medalhas em Mundiais de elite, inicia a participação na quarta-feira, com Maria Martins no scratch, prova em que conquistou a medalha de bronze no Mundial de 2020.
«Há sempre um grau de incerteza nestas competições, até porque já que não competimos há algum tempo, mas pelo que alguns atletas têm demonstrado na estrada, parecem estar em boas condições. Podemos abordar o Campeonato com boas perspetivas», acautelou Gabriel Mendes. «Além disso, é uma oportunidade importante para o desenvolvimento dos atletas mais jovens, como o Diogo Narciso, em estreia, e a Daniela Campos, que participa pela segunda vez num Mundial», referiu o técnico nacional.
A olímpica Maria Tata Martins será a primeira a correr na Ballerup Super Arena, às 18 horas de quarta-feira, na prova de scratch. No dia seguinte, a ribatejana volta a competir, pouco antes das 19 horas, na disciplina de eliminação, e no mesmo dia Diogo Narciso estreia-se em Campeonatos do Mundo de elite, participando na disciplina de scratch.
Sexta-feira será um dia muito preenchido para Portugal no velódromo dinamarquês. Maria Martins vai disputar o concurso de omnium, com provas agendadas para as 13.38h (scratch), 15.33h (tempo), 18.34h (eliminação) e 20.03h (corrida por pontos). Ivo Oliveira tentará, depois das 14.00h, passar às finais da perseguição individual, marcadas para as 19.38h. Às 17.32h, Diogo Narciso participa na corrida por pontos, disciplina que já lhe valeu medalhas em Europeus de sub-23.
Rui Oliveira é o único português em prova no sábado. Irá representar Portugal no concurso olímpico de omnium: scratch (12.52h), tempo (15.33h), eliminação (18.54h) e corrida por pontos (20.07h).
A agenda portuguesa de domingo, dia de encerramento destes Mundiais. Daniela Campos veste as cores nacionais na corrida por pontos, às 12.56h. Diogo Narciso é o representante português na eliminação, às 13.42h. Ivo Oliveira e Rui Oliveira fazem equipa no madison, às 14.50h.
Maria Martins afirma que «têm sido semanas boas de aproximação, a nível físico e psicológico», aos Mundiais da Dinamarca. «Ambicionamos os melhores resultados possíveis, mas, para isso, temos de trabalhar aspetos táticos, técnicos, físicos. Os resultados são uma consequência desse conjunto. Estou focada no meu processo, focada no que posso controlar, e darei o meu melhor», declara a ciclista da Moçarria, de 25 anos, à Lusa.
‘Tata’ Martins soma, além de participações olímpicas em Tóquio-2020 e Paris-2024, duas medalhas em Mundiais, no caso bronze no omnium em 2022 e no scratch em 2020.
De regresso para mais uma edição dos Mundiais está outra olímpica, Daniela Campos, que se estreou em Jogos em Paris-2024, mas na estrada, encarando esta como última corrida depois de «uma época bastante longa», sobretudo pela equipa de estrada.
«Venho para este Mundial com o objetivo de dar o meu melhor e dar continuidade ao trabalho, ao processo, que tenho vindo a desenvolver na pista. Se os resultados forem positivos, é um acréscimo», nota. Campos competirá na corrida de pontos, que tem feito em Mundiais – foi oitava em Glasgow, em 2023, e 19.ª em 2022 -, sem objetivo definido. «Não metemos normalmente um objetivo de resultados, o professor [Gabriel Mendes, selecionador de pista] também não nos impõe. [Queremos] continuar a desenvolver e a crescer como atletas», afirma.
Diogo Narciso reforça que a seleção pretende «adquirir experiência para o futuro, para melhorar cada vez mais», ou não fosse este estreante em Mundiais, mas também saber «dar o melhor» e honrar o processo. «Sabemos que temos valor para estar aqui, para estar na discussão da corrida. Queremos o melhor resultado para Portugal», conclui.