Mathieu van der Poel vence Paris-Roubaix pelo segundo ano consecutivo
Neerlandês campeão mundial atacou a 60 quilómetros da meta e consagrou-se isolado no lendário Velódromo de Roubaix, somando o segundo monumento na temporada, depois da Volta a Flandres
Mathieu van der Poel confirmou o favoritismo à vitória na Paris-Roubaix e conquistou pelo segundo ano consecutivo a célebre clássica francesa dos empedrados, o Inferno do Norte, e também o seu segundo monumento da temporada, depois da Volta a Flandres.
O neerlandês atacou para o triunfo bastante longe da meta, a 60 quilómetros, no improvável setor 13 (Orchies: 1,7 km), surpreendendo os adversários que certamente aguardavam por movimentações do corredor do campeão do mundo de fundo, e desde aí pedalou sempre isolado até à consagração no lendário Velódromo de Roubaix (André Petrieux).
O corredor da Alpecin-Deceunick venceu o seu sexto monumento (três Tour de Flandres, duas Paris-Roubaix e uma Milão-Sanremo) e prolonga uma época que tem sido quase perfeita. Em 2024, Van der Poel falhou apenas a revalidação da Milão-Sanremo, em que foi 10.º classificado, em corrida ganha pelo seu companheiro de equipa, o belga Jasper Philipsen, que foi segundo nesta Paris-Roubaix, a 3 minutos, coroando um dia de glória para a formação desta nacionalidade, que coleciona todos os monumentos já disputados este ano.
Philipsen, um dos melhores velocistas do pelotão mundial, bateu em sprint dinamarquês Mads Pedersen (Lidl-Trek), outro sprinter afamado, e o alemão Nils Politt (UAE Emirates). O suíço Stefan Kung (Groupama-FDJ) foi quarto classificado, a 15 segundos deste trio perseguidor de Van der Poel, e o sexto foi um terceiro corredor da Alpecin-Deceuninck, a 3.47 minutos do parceiro de equipa.
Mathieu van der Poel, após o triunfo, garantiu que o ataque madrugador não esteve nos seus planos. «O ataque não estava previsto naquele local. Queria fazer a corrida dura para mim próprio. Senti-me muito bem. Foi um bom dia», declarou o corredor de 29 anos.
«A equipa esteve espetacular, ainda mais forte do que no ano passado. Agradeço-lhes pelo esforço. O Jasper foi segundo, qualquer dia vence esta corrida. Oxalá que sim!», referiu o vencedor desta prova de 259,7 km. «Esta temporada quero muito honrar esta camisola [de arco-íris, símbolo de campeão mundial], mas estou a superou a minhas expectativas. É um ano especial, e uma emoção muito grande vencer em Roubaix com esta camisola», acrescentou MVDP.
António Morgado, em estreia na Paris-Roubaix e o único corredor português na prova, conclui-a na 87.ª posição, a 15.03 minutos do primeiro.