«Mais uma medalha para o desporto universitário!»

«Mais uma medalha para o desporto universitário!»

João Pedrosa e Hugo Campos trouxeram bronze do Mundial Universitário. Falhado objetivo da revalidação do título de 2022 num jogo que «definiu a competição», o terceiro lugar «acrescenta prestígio»

João Pedrosa realça a conquista de mais uma medalha de grande prestígio para o desporto universitário português a de bronze que em dupla com Hugo Campos trouxe do Campeonato Mundial Universitário voleibol de praia, que decorreu há dias no Rio de Janeiro, Brasil. Todavia, o jogador reconhece que o objetivo da equipa tricampeã nacional nas praias de Botafogo e da Barra da Tijuca passava pela revalidação do título mundial alcançado em 2022 também naquele país, em Maceió.

«Obviamente, depois de ter ganho a medalha de ouro, a de bronze sabe sempre a pouco. De qualquer modo, jogámos um voleibol de bom nível, mantivemo-lo sempre alto ao longo de toda a competição e um jogo, em que não conseguimos ser melhores dos que os adversários, determinou que não pudéssemos discutir a renovação do título mundial», começou por explicar João Pedrosa.

Após seis vitórias consecutivas na fase de grupos (três) e nas três eliminatórias que se seguiram (16 avos, oitavos e meias-finais), João Pedrosa e Hugo Campos falharam depois a final do Mundial carioca devido a derrota com os irmãos britânicos de origem espanhola, Javier e Joaquin Bello.

«Um jogo em que a dupla britânica, que defrontámos nas meias-finais, fez uma exibição perfeita definiu a competição e desde logo o nosso resultado, mas não o desempenho na globalidade. No entanto, é mais uma medalha de grande prestígio para o desporto universitário português», declarou o atleta de 24 anos a A BOLA.

Restabelecida do revés, a dupla portuguesa entrou em quadra pela medalha de bronze (3.º e 4.º lugares) e impôs-se à congénere brasileira Mateus Dultra e Matheus Santos, após desistência, quando vencia por 6-2 no terceiro set. Pedrosa e Campos venceram a primeira partida, equilibrada, por 21-18, fechando-a com um bloco eficaz, mas não evitaram a derrota na segunda, por 16-21. No terceiro e decisivo set, quando a equipa lusa liderava por quatro pontos de vantagem, Matheus Santos lesionou-se ao cair sobre Pedrosa (choque de joelhos) e não pôde prosseguir o encontro.

«Não foi a maneira que mais pretendíamos para vencer, mas são infortúnios da competição que acontecem. De qualquer modo, creio que estávamos a controlar o set e mais perto de vencer o jogo do que os adversários…», afirmou João Pedrosa, que assistiu à consagração dos sucessores, os novos campeões mundiais universitários, os alemães Philipp Huster e Maximilian Just, que ganharam na final, por 2-1 (18-21, 21-16 e 15-10) aos britânicos Javier e Joaquin Bello.

«Melhorando 1% cada dia, em Los Angeles estaremos a 1000!»

«Vamos parar cerca de uma semana. Descansar um pouco a cabeça e o corpo e depois sentarmo-nos para começar a definir os próximos objetivos, sendo que o maior ainda está à distância de quatro anos, os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028», referiu João Pedrosa perspetivando o que ainda falta da temporada de voleibol de praia, até novembro.

«Queremos vencer competições, torneios, tanto a nível nacional em que pretendemos continuar a ser campeões até ao fim da nossa carreira [risos], mas também continuar a progredir tanto a nível de resultados como na qualidade do nosso jogo em provas no estrangeiro», diz o jogador, que faz parceria há seis anos com Hugo Campos. «Sabemos já o que cada um pensa e o que faz em campo, mas temos de continuar a evoluir se quisermos apontar a mais altos voos. Melhorar as componentes técnica e tática e também a física. Se fosse possível, todos os dias, a cada treino ou jogo, melhorarmos 1 por cento, quando chegássemos ao Jogos iriamos estar… mais de 1000!», conclui João Pedrosa.    

Beatriz Pinheiro/Inês Castro na 25.ª posição

Em femininos, a dupla tricampeã nacional Beatriz Pinheiro/Inês Castro acabou por não conseguir disputar o 17.º lugar neste Mundial Universitário, por indisposição de Castro, com as colombianas Juana Irreno e Sara Perez e viu-se relegada para a 25.ª posição final, repetindo a classificação alcançada em 2022, nesta competição. O título mundial foi conquistado pelas alemãs Anna-Lena Grune/Hanna-Marie Schieder, frente às norte-americanas Alexis Durish/Xolani Hodel, a medalha de bronze pelas germânicas Paula Schurholz e Janne Uhl.

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