11 setembro 2024, 21:09
Presidente do CPP e secretário-geral do COP coincidem no apelo a reforço de verbas
José Manuel Lourenço e José Manuel Araújo pedem maior financiamento para Los Angeles 2028
Primeiro-ministro assume que quer melhoria de resultados para o próximo ciclo olímpico, mas defende que acréscimo pretende incentivar melhoria dos níves de saúde física e mental
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou esta quarta-feira a intenção de «fazer crescer acima de 20%» o valor alocado aos contratos-programa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Los Angeles 2028, na receção aos atletas que estiveram em Paris 2024.
«A minha expectativa é que nós possamos fazer crescer acima de 20% o valor que esteve alocado ao projeto olímpico que terminou agora em Paris com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, do ponto de vista da preparação, do ponto de vista da criação de condições para, usando uma linguagem também desportiva, mas positiva, atacarmos o próximo objetivo olímpico e paralímpico em 2028», declarou o primeiro-ministro.
11 setembro 2024, 21:09
José Manuel Lourenço e José Manuel Araújo pedem maior financiamento para Los Angeles 2028
No discurso feito nos jardins de São Bento, Luís Montenegro garantiu que este reforço «significativo» era também a vontade do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e dos Secretários de Estado.
No ciclo olímpico de Paris 2024, o valor global de apoio do Governo, então liderado por António Costa, foi de 31,2 milhões de euros, sendo 22 milhões referentes ao contrato-programa do Comité Olímpico e 9,2 milhões para o Comité Paralímpico, para o período de 2022-2025. Ou seja, um aumento superior a 20% é o mesmo que dizer que o atual Governo pretende injetar cerca de 6,24 milhões de euros para Los Angeles 2028.
«Este quadriénio que medeia entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris e os Jogos de Los Angeles em 2028, por casualidade, corresponde ao quadriénio da ação deste Governo. E portanto, estamos nesta batalha em concreto, desculpem-me a expressão, no mesmo barco. Vamos percorrer estes quatro anos, cada um com as suas exigências, cada um com as suas necessidades de superação e de trabalho, para atingir um resultado. E no campo desportivo, e no campo olímpico e paralímpico em particular, eu quero dizer-vos que nós vamos mesmo reforçar a nossa disponibilidade de apoio, portanto, o nosso apoio efetivo», tinha começado por dizer Luís Montenegro.
O apoio governativo, esclareceu, também incidirá no acompanhamento que as secretarias de Estado do Desporto e da Ação Social e da Inclusão podem prestar, a nível «administrativo, logístico», de modo a «poder facilitar a organização de eventos».
«Acreditem que quero muito percorrer convosco, como elemento da vossa equipa, o avançar para podermos chegar a 2028 no nosso pico de forma e podermos ter ainda melhores resultados. Não é pelos resultados em si - é também por eles, com certeza, é também porque eles são a melhor forma de retribuição do esforço, mas é também porque este é um esteio fundamental da política desportiva que nós podemos incrementar no país. Para nós podermos generalizar a prática desportiva, para nós podermos ter maior capacidade de recrutamento, para podermos chamar para os ciclos de evolução da alta competição mais atletas, nós temos de investir», defendeu.
Para o primeiro-ministro, é preciso «investir de uma forma transversal», revelando também que o executivo quer ainda trabalhar “no apoio ao nível da conciliação entre as atividades profissionais e as atividades desportivas, quando é o caso, e estas duas com a vida pessoal de cada um».
Questionado pelos jornalistas sobre a intenção de aumentar as verbas destinadas à preparação para os Jogos Olímpicos Los Angeles2028, o líder do executivo esclareceu que ainda estão a trabalhar o tema «dentro do Governo».
«Aquilo que assumo é que faremos um reforço financeiro, mas não só […] para todo o projeto de preparação dos Jogos de 2028, numa estratégia que não visa a procura do resultado por si só – embora isso seja importante -, visa estimular a prática de desporto em Portugal, aumentarmos os nossos níveis de saúde física e mental», insistiu.