Kikas: «Ribeira d’Ilhas tem uma onda tramada»
Sem olhar ao 'ranking', Frederico Morais (5.º) deseja sorrir no final. Teresa Bonvalot quer uma vitória como presente dos 24 anos (dia 7). Ericeira Pro até dia 8.
A surfarem em casa, Frederico Morais e Teresa Bonvalot entram no EDP Vissla Ericeira Pro, 5.ª e penúltima etapa do Challenger Series 2023 (CS), em boa posição de sonhar com a subida ao Championship Tour 2024 (CT), circuito de elite da Liga Mundial de Surf (World Surf League), embora admitam não olhar para os lugares do ranking que ocupam na prova de qualificação.
Kikas, 5.º do CS, dentro do top-10 que se apura para o CT, reconhece que a etapa de Ribeira d’Ilhas, Ericeira, se trata de uma «onda tramada» e cujo período de espera decorre até 8 de outubro, por isso «é essencial para consolidar a posição no ranking, conseguir pontos importantes».
No entanto, aborda a paragem portuguesa do Challenger Series, «com calma, heat a heat, sem olhar para a qualificação e depois a seguir ao Brasil (Saquarema, 14 a 21) é que vou ter atenção ao ranking porque celebrar é só no fim», frisou em conversa com A BOLA.
Após a saída do CT e tentativa de requalificação falhada no ano passado, Kikas surge renovado esta temporada (5.º lugar, em Sydney e 2.º, em Ballito).
«Honestamente, não mudou nada, não é mais ou menos trabalho, às vezes as coisas correm para o nosso lado, outras não. Sempre acreditei no trabalho, nos bons e maus momentos, no espírito de sacrifício e no fim de dia temos a recompensa», explicou. «Quer entre ou não no Tour, já houve essa recompensa para mim e para os portugueses. Espero ter alegrias e sorrisos em Ribeira», desejou.
«As coisas fáceis não têm graça nenhuma»
Teresa Bonvalot, 11.ª, entra na Ericeira a seis lugares da qualificação - apuram-se as cinco primeiras. «Estou focada nas coisas que fazem a diferença, ao longo dos anos vamos percebendo o que funciona melhor connosco e vamos tendo sensações diferentes, época após época, evento após evento, e tentamos delinear o que queremos fazer e focarmo-nos para ter a melhor performance», confessou.
«Na temporada passada fiz um 1.º lugar, dois 3.º e um 9.º e não foi suficiente. Olhamos para o lado e exclamamos que chatice. Mas também podemos olhar para o outro lado e percebemos que o nível está muito elevado e é para isso que trabalhamos», atirou.
Sem se preocupar com a presença de surfistas do CT na Ericeira, «quer enfrente a campeã do mundo ou a última do ranking, tenho de fazer o meu trabalho, se não o fizer, ninguém o faz», relembrou Teresinha.
«As coisas fáceis não têm graça nenhuma», acrescentou deixando no ar um desejo para 7 de outubro, dia em que completa 24 anos. «Não ficar nos calhaus como há dois anos e uma vitória seria especial.»