15 julho 2024, 18:16
Paris 2024: Liliana Cá e Tiago Pereira entre as esperanças do Sporting
Clube de Alvalade apresentou esta segunda-feira os 10 atletas que vão rumar aos Jogos Olímpicos
Ex-atleta olímpico voltou a criticar postura dos jovens atletas, porém, acredita que os mesmos não levam a mal os apontamentos que faz; apesar das palavras, o antigo velocista deixa um conselho; Naide Gomes prefere não quantificar número de medalhas conquistadas por Portugal em Paris 2024; acredita no potencial de Agate de Sousa em chegar à final de salto em comprimento
Francis Obikwelu marcou presença na apresentação dos atletas sportinguistas que vão marcar presença nos Jogos Olímpicos Paris 2024, que se realizam entre 26 de junho e 11 de agosto. Porém, tal como aconteceu no mês passado, o antigo velocista português voltou a criticar os jovens atletas, referindo que «têm tudo para serem grandes atletas», mas que se «queixam muito».
«Ir aos Jogos Olímpicos não é para qualquer pessoa. Se não estás preparado, é muito complicado. Estes jovens, hoje em dia, como digo, já têm tudo para serem grandes atletas. Já têm tudo. Eu lembro-me de, no antigo estádio do Sporting, o nosso ginásio ser muito pequeno, mas os resultados apareciam, porque tínhamos capacidade, disciplina e rigor. Mas agora estes jovens já têm tudo, não lhes falta nada, mas queixam-se, não sei porquê», explicou aos jornalistas presentes.
15 julho 2024, 18:16
Clube de Alvalade apresentou esta segunda-feira os 10 atletas que vão rumar aos Jogos Olímpicos
Contudo, quando questionado se este discurso afetava os atletas em questão, Obikwelu negou essa visão, referindo que, pelo contrário, gostam e precisam de ouvir as suas críticas.
«A nova geração tem tudo, os pais dão-lhes tudo o que quiserem e isso torna tudo mais difícil, porque um jovem pode ter talento, mas precisa de passar por um percurso de dificuldade. Não é fácil. Para mim a disciplina é fundamental na vida, em tudo o que nós fazemos, não só como atletas, como no trabalho. Por isso eu acho que, hoje em dia precisamos de dar um foco aos nossos jovens, porque não é fácil trabalhar com eles», reforçou.
Apesar das críticas e das ausências de peso – destacando Patrícia Mamona e Auriol Dongmo Francis Obikwelu considera que Portugal pode chegar às medalhas de ouro «facilmente», desde que tudo corra bem, apontando Pedro Pichardo como o principal candidato a esta conquista e deixou um conselho aos que vão rumar à capital portuguesa: «é relaxar».
15 julho 2024, 16:55
Atleta de 31 anos referiu que objetivo passa por conquistar a medalha de ouro nos -100 kg, mostrando-se também confiante com a prestação dos outros judocas lusos
«Toda a gente fica nervosa, mas é preciso relaxar. É preciso passear e não ficar fechado no quarto a pensar na prova, ver quem está na lista e quem tem o melhor ranking. É um grande erro, eu faço a vida como normal, como se fosse para treinar, eu não penso que estou nos Jogos», disse.
«Eu penso que vou passear, vou comer McDonald's, vou comer pizza, como tudo que eu não comia, deixa o meu corpo relaxar, porque eu estou em grande forma, não vou engordar, eu preciso de hidratos, por isso eu faço a minha vida normal, não há stress, cumprimento toda a gente, passeio com amigos e falamos. Quando pensamos muito, começamos a entrar em stress, depois à noite não conseguimos dormir, depois chegamos ao dia e bloqueamos. Eu não gosto disso», sublinhou.
A atleta olímpica Naide Gomes, também esteve presente na apresentação dos sportinguistas que vão a Paris 2024, porém, apesar de acreditar que Portugal tem «grandes atletas» e possibilidades de lutar por medalhas, prefere não quantificar o número previsto que os lusos podem conquistar, ao contrário das quatro que o Comité Olímpico de Portugal estabeleceu na semana passada.
«No ano em que fui também eram esperadas umas quantas medalhas, mas isso não aconteceu. Todos os atletas vão com o mesmo objetivo e todos querem ganhar, mas medalhas só são três. É difícil. Eles querem isso mais do que ninguém, mas nem todos vão conseguir», avançou.
Contudo, Naide Gomes pediu aos atletas para encararem a prova como uma competição normal, porque «colocar pressão neles próprios só torna os objetivos muito mais difíceis de atingir». Sobre salto em comprimento, disciplina em que se destacou, apontou o «potencial» de Agate de Sousa.
«A nível internacional, temos grandes atletas a saltarem muito, mas no nosso país também temos uma – que nasceu em São Tomé e Príncipe, tal como eu -, que é a Agate de Sousa e que pode esperar uma boa classificação. Desejo-lhe boa sorte e que seja bem-vinda à nossa Seleção. Tem todo o potencial para isso e pode ir mais longe. Penso que é aquela que, de imediato, poderá bater o meu recorde nacional. Tem muito talento e é notório», concluiu.