Canoagem Federação critica altas figuras do Estado por fomentarem «monocultura desportiva»
A receção de quinta-feira no Palácio de Belém à Seleção Nacional de futebol feminino após o adeus ao Campeonato do Mundo que decorreu na Nova Zelândia, e no qual participou pela primeira vez na história, caindo na fase de grupos após empate (0-0) com as bicampeãs mundiais, os Estados Unidos, serviu de pretexto a críticas feitas pela voz do presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, que numa mensagem nas redes sociais apontou a altas figuras do Estado por estas fomentarem o que disse ser uma «monocultura desportiva».
«Este tipo de comportamento permite afirmar que são as mais altas figuras do Estado que promovem e fomentam a monocultura desportiva. [...] Esta receção já tinha sido feita no momento do apuramento, e volta a ser repetida sem que nenhum resultado desportivo tenha sido alcançado», salientou, não deixando, todavia, de enaltecer o trabalho feito pelo selecionador e «amigo» Francisco Neto e de dar os parabéns às Navegadoras e à Federação Portuguesa de Futebol.
«Não se trata de inveja ou carpideira, não é ciúme ou ladainha, trata-se de exigir semelhante reconhecimento ao mérito de atletas ou equipas nacionais que representam o nosso país a um nível bastante elevado e fazem ouvir o hino nacional numa qualquer instalação desportiva», argumentou, dando como exemplos o recente feito de Diogo Ribeiro, vice-campeão do mundo de natação, o título mundial júnior de triatlo de João Batista, o vice-campeonato da Europa da Seleção de hóquei em patins ou as 16 medalhas conquistadas por Portugal nos Jogos Europeus Cracóvia 2023, além, claro, dos muitos títulos da canoagem nos anos mais recentes.