«Diogo não foi afetado pelo Covid»

Natação «Diogo não foi afetado pelo Covid»

NATAÇÃO08.07.202300:27

«Para poder responder se a preparação do Diogo foi ou não afetada pela covid, só mesmo quando ele competir em Fukuoka e analisarmos ao milésimo, mas pelo que temos visto nos treinos, não», declarou o selecionador Alberto Silva a A BOLA, após um dos aprontos no CAR Jamor, antes de a equipa de oito elementos de natação pura partir para o Japão na próxima semana, a fim de disputar o 20.º Campeonato do Mundo, entre 23 e 30 de julho.

Uma das principais esperanças lusas para presenças em meias-finais e finais em Fukuoka, Diogo Ribeiro, de 18 anos, viverá o primeiro Mundial sénior, no entanto, a preparação que estava a ser realizada ao pormenor foi interrompida quando, no início da segunda quinzena de junho, ficou infetado pelo coronavírus a quatro dias de partir para o Troféu Sette Colli, em Roma.

Quisemos por isso saber que o técnico nacional já conseguiu perceber com está a forma do três vezes medalhado no Mundial júnior de Lima-2022. «É verdade que se tiver sido afetado de alguma forma, se existir algum resquício, como aconteceu com vários atletas que também tiveram covid e depois sentiram dificuldade em respirar, por vezes até cansaço em relação ao que faziam, só saberemos mais tarde, mas clinicamente o Diogo seguiu todo o protocolo médico e fez vários exames», conta Alberto Silva.

«Logo quando se descobriu o que tinha, manteve-se 3/4 dias resguardado e quando voltou fez testes cardíacos e à capacidade pulmonar antes de ter autorização para nadar. Ainda estávamos fora [Itália], quando começou com uma semana tranquila: primeiro dia 2500 m, no seguinte 3000, depois 3500, mas sempre só a rolar», revela.

«Depois, quando regressei, nadou 25 m a ritmo progressivo para que eu pudesse observar a parte técnica e a motivação do nadador. Queria descobrir se escondia alguma coisa ou estava abatido. Mas não. Estava era com saudades do grupo, do staff e desta nossa convivência. A motivação para o treino era grande e tecnicamente estava bem. Tudo o que lhe foi proposto, tanto na piscina como no ginásio, cumpriu e fez muito bem».

«A partir daí fomos progredindo e colocando intensidade e fração das provas e voltou a não ter problemas», garante Alberto.

«Agora, fazer a fração ou a prova inteira é diferente. Mas se ele não tivesse tido covid e estivéssemos no fim de uma época normal, diria que está bastante bem», reforça, «Só que o todo… apenas podermos ver na hora da competição», completa Albertinho sobre o nadador português que disputará mais provas disputará em Fukuoka: 50 e 100 livres, 50 e 100 mariposa e 4x100 estilos. Além de estar apurado em todas as competições individuais para os Jogos de Paris-2024, com exceção dos 50 mariposa, que não é distância olímpica.

Foto Luís Filipe Nunes/FPN

«Normalmente gostaria que houvesse uma competição este fim de semana, como faço em todas as épocas em que estou em Portugal – três competições com 15 dias de intervalo entre cada –, só que, infelizmente, desta vez não foi possível. Toda a Europa e o mundo já estão voltados para o Mundial. O que havia não teria o nível desejado», analisa.

«Se o treino está feito está dentro deles, mas há sempre aquele reajuste a fazer. Mas para completar a resposta de como está o Diogo: apenas conseguirei ver no momento», concluiu que em termos de saúde não tem mais nenhum nadador que o preocupe.

«Estão todos num bom momento para viajarmos. Só espero que mantenhamos esta atmosfera positiva que atletas e treinadores conseguiram criar e que isso dê uma tranquilidade e confiança que permita um bom resultado que anime o grupo. Isso é fundamental quando chegar a hora», fez ainda questão de dizer Alberto Silva, que ante de chegar a Fukuoka terá um estágio de adaptação de sete dias em Nagasaki.    

Além de Diogo Ribeiro, fazem também parte da equipa para o Mundial: Miguel Nascimento, Diana Durães (Benfica), Gabriel Lopes, Camila Rebelo (Louzan), Ana Rodrigues (Desp. Viana), João Costa (V. Guimarães) e Tamila Holub (Braga).