Concluir a prova de fundo de elite feminina do Campeonato da Europa era o objetivo de Maria Martins, que o cumpriu, embora tenha terminado os 131,3 quilómetros entre Meppel e o Col du Vam (nos Países Baixos) no… último lugar. A prova foi dividida em duas fases. Numa primeira, até à entrada na primeira das seis subidas ao Col du Vam não houve ataques. E Maria Tata Martins cumpriu à risca a estratégia, defendo-se o melhor a cada subida. «Sabia que tinha de sofrer muito numa subida como esta. Mas entreguei tudo o que tinha», garantiu a corredora. «A primeira subida fez-se em ritmo forte, as duas seguintes foram mais moderadas, mas na quarta surgiram os ataques», admitiu. «A primeira subida fez-se em ritmo forte, as duas seguintes foram mais moderadas, mas na quarta surgiram os ataques» E foi nessa altura que Maria Martins descolou, completando as restantes voltas em dificuldade, mas com enorme espírito de resiliência. «O que a Maria aqui fez hoje foi de grande heroicidade, porque não sendo um circuito à sua medida, entregou-se totalmente», afirmou o selecionador nacional, José Luis Algarra. Assim, a portuguesa foi a última a cortar a meta, a 9,40 minutos da vencedora, a neerlandesa Mischa Bredewold, que venceu isolada após atacar na última volta ao circuito e ficar isolada, com vantagem de cerca de 30 segundos ao beneficiar do excessivo calculismo do pelotão. Na luta pela prata, a neerlandesa Lorena Wiebes suplantou a campeã mundial, a belga Lotte Kopecky, chegando ambas a quatro segundos da extenuada vencedora.