Benfica arrasador faz o tri nos homens, Sporting de volta ao topo nas senhoras

Equipa masculina das águias tornou-se apenas no terceiro clube a ganhar três títulos consecutivos e ameaça Algés no historial. Fê-lo de forma arrebatadora: 66(!) pontos de vantagem face ao FC Porto. Tudo porque venceram 13 das 19 provas do programa. Sporting regressou ao título feminino, o terceiro em quatro temporadas, e impediu que os da Luz voltassem a conseguir uma dobradinha. É o nono campeonato do palmarés.

Benfica (285 pts) e Sporting (247), respectivamente em masculinos e femininos, confirmaram, este domingo, a liderança do primeiro dia do campeonato e ganharam o Nacional de clubes da I Divisão, disputado nas Piscinas Municipais de Albufeira.

A diferença é que, após nas duas épocas anteriores a equipa ter sido conduzida por Ricardo Santos, este é o primeiro êxito coletivo de José Machado (ex-DTN da federação) e Miguel Frischknecht (antigo treinador do Algés),

No caso dos homens, as águias, indiscutivelmente a equipa mais poderosa de Portugal, sagraram-se tricampeões nacionais. Feito que ninguém realizava desde que o Sporting fez o tri entre 2011/12 e 2013/14 na caminhada para o recorde de nove triunfos consecutivos. No total os encarnados passam a deter oito títulos de clubes no historial e aproximam-se do recordista Algés, com dez. Desde 1986/87, apenas Algés, Fluvial Vilacondense e Sporting lograram ser tricampeões.

A diferença é que, após nas duas épocas anteriores a equipa ter sido conduzida por Ricardo Santos, este é o primeiro êxito coletivo de José Machado (ex-DTN da federação) e Miguel Frischknecht (antigo treinador do Algés), que assumiram o comando da natação no passado verão.  

No final das 19 provas em disputa - das quais ganharam 13(!) -, a formação da Luz, que contava com os olímpicos Diogo Ribeiro e Miguel Nascimento, venceu com uma barbaridade de 66(!) pontos de vantagem face ao FC Porto (220),

No final das 19 provas em disputa - das quais ganharam 13(!) -, a formação da Luz, que contava com os olímpicos Diogo Ribeiro e Miguel Nascimento, venceu com uma barbaridade de 66(!) pontos de vantagem face ao FC Porto (220), quedando-se Sp. Braga (218) no 3.º lugar, com mais 18 que o Algés (200).

«Foi um campeonato muito disputado. Tentámos ganhar em masculinos e femininos. Em femininos a equipa apresentou-se desfalcada em relação ao ano anterior, mas os resultados deixam-nos plenamente satisfeito», começou por referir José Machado à comunicação da federação.

Conseguimos um número significativo de vitórias. Aliás, registe-se que a pior classificação que tivemos foi um 4.º lugar», realçou ainda Machado.

«A aposta tinha sido feita no fim de semana anterior [Nacional individual em piscina curta]. Os nadadores já não estavam nas mesmas condições, mas isso é sinal de que conseguimos elevar a fasquia. Praticamente, dos 12 nadadores possíveis conseguimos ter 11 a nadar. Isso é importante para que eles consigam sentir a integração na equipa, que foi muito distribuída por todos. Conseguimos um número significativo de vitórias. Aliás, registe-se que a pior classificação que tivemos foi um 4.º lugar», realçou ainda Machado.

Leoas de regresso ao topo

A única coisa que o Benfica não conseguiu foi repetir a dobradinha registada em 2023/24. A primeira de sempre dos benfiquistas. Isto porque o Sporting regressou ao mais alto degrau do pódio nos femininos, somando o terceiro título em quatro épocas e nono de sempre. Recorde-se que entre 2000/01 e 2005/06 as leoas conseguiram um hexa, só superado pelo octacampeonato do FC Porto (2008/09-20015/16). No total, o FC Porto mantém-se tranquilamente com 15 campeonatos conquistados.

Foram 25 pontos a vantagem das nadadores de Alvalade (247) face às anteriores campeãs do Benfica (222) e com o FC Porto (208) a terminar em 3.º, com a curta vantagem de 5 pontos do Sp. Braga (203).

Foram 25 pontos a vantagem das nadadores de Alvalade (247) face às anteriores campeãs do Benfica (222) e com o FC Porto (208) a terminar em 3.º, com a curta vantagem de 5 pontos do Sp. Braga (203).

«O Sporting está no topo há muitos, muitos anos – há mais de 20 que está sempre no topo da natação nacional. A equipa masculina [6.º] está em renovação, foi um ciclo que terminou e a feminina está a meio de um percurso muito bonito. Recuperou agora um título e vamos continuar a trabalhar.»

«Foi uma vitória de muita vontade das meninas. Trabalharam muito bem. Desde setembro que estavam com vontade de ganhar. Houve pessoas que se superaram aqui e fizeram um campeonato muito, muito acima das expectativas. Superação é o que se pede nas ocasiões e foi o que mostraram», referiu Carlos Cruchinho, treinador das novas campeãs.

«O Sporting está no topo há muitos, muitos anos – há mais de 20 que está sempre no topo da natação nacional. A equipa masculina [6.º] está em renovação, foi um ciclo que terminou e a feminina está a meio de um percurso muito bonito. Recuperou agora um título e vamos continuar a trabalhar. São atletas muito dedicadas, todas estudantes com excelentes resultados académicos na universidade, fazem um esforço tremendo para treinar e isso é de louvar. Estes campeonatos são uma prova que todos os nadadores gostam de nadar… é uma festa e isso é a beleza da competição de clubes. E já estão a pensar no próximo ano. É a projeção daquilo que representa o Campeonato Nacional de clubes.», concluiu Cruchinho.

Diogo Ribeiro e Camila Rebelo a outro nível individual

É verdade que neste campeonato o que conta é o coletivo, por isso nem existem pódios individuais em cada prova mas, no plano individual, o duas vezes campeão mundial Diogo Ribeiro (Benfica) ganhou três provas (50 livres, 50 e 100 mariposa e integrou a estafeta de 4x200 livres, 4x100 estilos, 4x100 livres, onde registou a melhor marca por pontos do evento no primeiro percurso com 46,88s (875 pts).

No Sporting, entre as vencedoras, destaque para Mariana Mendes, vencedora dos 400 e 800 livres, 2.ª nos 400 estilos e que integrou os 4x200 livres.

Realce ainda para a campeã da Europa Camila Rebelo (Louzan), a mais rápida nos 50, 100 e 200 costas e integrou a estafeta de 4x100 livres, 4x100 estilos onde obteve a melhor marca feminina do Nacional, aos 100 costas, com 58,46s (827 pts).