Natação António José Silva: «Contra tudo e contra todos»

Tal como acontecera há um ano no Europeu absoluto Roma-2022 em que Diogo Ribeiro foi o bronze nos 50 mariposa e um mês mais tarde no Mundial júnior de Lima, onde se sagrou tricampeão (50 livres e 50 e 100 mariposa) e recordista do escalão nos 50 mariposa, o presidente da federação portuguesa José António Silva, que também lidera a LEN e é vice-presidente da federação internacional, não perdeu a oportunidade de entregar as medalhas dos 50 mariposa na Marine Messe Fukuoka Hall.

«Foi um momento programado porque já esperava que ganhássemos a medalha. Por isso é que, na véspera, pedi que fosse eu a fazê-lo. Acreditava que o Diogo tinha condições para chegar ao pódio, como aconteceu», contou o líder federativo a A BOLA, que até teve dupla sorte na decisão uma vez que todos os medalhados eram europeus. Curiosamente os mesmo do Euro de Roma, mas desta feita com Diogo a ser prata em vez de bronze.

«Foi uma expectativa positiva concretizada naquilo que é um feito enorme do desporto nacional, e não me refiro apenas à natação. Estão aqui 194 países numa modalidade com as maiores densidades competitivas a nível mundial e mesmo assim temos um português, numa prova de extrema dificuldade, a alcançar um resultado histórico».

«E isto sendo o mais jovem da final e com margem de progressão grande, que quebra tudo aquilo que são os limites alcançado pela natação portuguesa», acrescentou.

E o que que disse ao Diogo? «Que, tal como havia vaticinado, as coisas tinham-se concretizado: Roma, Lima e agora no Mundial».

Mas na cerimónia não sentiu um momento de emoção? «Claro que sim», dispara. «O ser humano tem emoções e a que senti foi muito grande, mas teve de ser contida. Tudo aquilo que programámos, a coordenação feita e o plano estratégico implementado teve a sua concretização. E muitas vezes contra tudo e contra todos, como aconteceu com a contratação desta equipa técnica. Mas agora os resultados estão a parecer.».